Três cobras-rateiras (Malpolon monspessulanus) foram fotografadas esta semana numa zona rural de Vila Verde, por Sara Almeida, uma aluna de medicina veterinária na UTAD que decidiu partilhar o registo em grupos de Facebook dedicados a répteis.
Estas cobras tendem a atingir grandes dimensões, que podem chegar aos 2 metros e 30 centímetros, induzindo algum receio no ser humano por causa do tamanho. Também têm veneno, mas o sistema de inoculação é tão rudimentar que não provoca mossas no humano. São das cobras mais inofensivas que existem em todo o mundo, pelo que não devemos ter medo e sim deixá-las onde estão ou, em caso de estarem enclausuradas, libertá-las para a natureza.
Em entrevista concedida a O MINHO em maio do ano passado, o biólogo Pedro Alves explicou que, de qualquer forma, qualquer pessoa que seja mordida acidentalmente deve ir a um hospital, não sendo aconselhado o uso de garrote, chupar o veneno ou qualquer outra coisa que se vê tipicamente nos filmes de Hollywood. Na verdade essas soluções apenas irão piorar a situação.
“A única coisa a fazer é essencialmente manter a calma e encaminhar-se para o hospital mais próximo, onde irão garantir que não existem complicações. Caso haja complicações, poderá ser aplicado um soro anti-ofídico polivalente, que é geral para todas as serpentes da Europa, não sendo, por isso, necessário identificar a espécie que mordeu”, sublinhou o especialista.