Foi hoje apresentado o cartaz oficial das Feiras Novas, edição 2022, este ano com uma homenagem ao popular tocador e cantador José Cachadinha, falecido aos 66 anos em junho de 2019.
A apresentação decorreu durante a cerimónia de abertura da XIV Feira do Cavalo de Ponte de Lima, que se realiza entre hoje e o próximo domingo.
O cartaz, criado pelo artista plástico Mário Rocha, pretende, assim, homenagear uma figura carismática que constantemente marcava presença, não só nas Feiras Novas, mas também nas mais conhecidas romarias do Minho.
Ponte de Lima vai voltar a viver as Feiras Novas como manda a tradição – ruas cheias e muita animação ao longo de vários dias, em torno do segundo fim-de-semana de setembro, que este ano calha entre 09 e 12 de setembro.
O vereador Gonçalo Rodrigues, responsável pelas festas, anunciou que este ano a última grande romaria do distrito de Viana do Castelo já será feita nos moldes tradicionais, embora com alguns “cortes” e “limitações”.
Numa grande entrevista concedida ao semanário Alto Minho, o responsável começa por admitir que existiram “erros no passado” em relação às questões financeiras das Feiras Novas, mas que esta nova direção, que também conta com elementos da anterior, está a “dar seguimento ao trabalho que foi feito nos últimos mandatos” para reequilibrar as contas.
Questionado pelo jornal sobre se a edição deste ano das Feiras Novas já será feita nos moldes tradicionais, pré-pandemia, o vereador diz que sim, “mesmo com alguns cortes e com algumas limitações”.
Explica que está já focado nas festas de este ano, considerando necessária criar uma praça que seja destinada apenas a produtos regionais. Também pretende atrair os jovens mais para as questões ligadas ao património e à cultura, e não só a um certo tipo de atividades.
“Temos que tentar fazer com que a saúde financeira da Associação Concelhia das Feiras Novas nos permita estar descansados e ter margem para fazer alguns investimentos”, como tornar as festas mais sustentáveis do ponto de vista ambiental.
“O que acontece é que as pessoas têm ideia que esta festa dá uma receita brutal (…) vão ter que ser umas festas mais contidas que as anteriores porque realmente a disponibilidade financeira é diferente”, alegou.
Assegura, no entanto, que a “qualidade das festas não irá diminuir”, embora a tenha chegado à conclusão que a “receita direta é do terrado”, mas que esse lucro é “todo absorvido pelos impostos”.
“Estamos a analisar para tentar dar uma resposta efetiva porque também entendemos que pode libertar mais verbas no futuro”, disse, adiantando que estão a ser analisados “todos os cenários que permitam reduzir a carga fiscal”, entre elas a constituição de uma associação profissional e a angariação de “patrocinadores fortes”.