Um incêndio de grandes dimensões em Trás-os-Montes está a mobilizar corporações de bombeiros de todo o Norte do país, incluíndo do distrito de Braga. As chamas lavram, desde o início da tarde, em zona de mato, no lugar de Marzagão, concelho de Carrazeda de Ansiães.
Neste momento, não é ainda possível apurar quais as corporações bracarenses que se encontram a caminho do teatro de operações, sabendo-se apenas que duas delas são a corporação dos Bombeiros Famalicenses e a de Caldas das Taipas, pois os próprios assinalaram a partida nas redes sociais. No total, serão 32 elementos inseridos num Grupo de Reforço para Incêndios Florestais (GRIF).
De acordo com o CDOS de Bragança, estão mais de 90 bombeiros a combater as chamas.
Bragança é um dos seis distritos de Portugal continental que se vão estar em alerta laranja, o segundo mais elevado, a partir de sexta-feira devido ao risco elevado de incêndio florestal, anunciou esta quinta-feira a Proteção Civil.
Viseu, Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco e Santarém são os seis distritos, disse o comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, adiantando que os restantes 12 distritos estarão em alerta amarelo, o terceiro mais elevado.
Por causa do risco acrescido de incêndios florestais, devido ao calor extremo, Portugal continental vai estar em estado de alerta entre as 00:00 de sexta-feira e as 23:59 de 15 de julho.
Segundo a Proteção Civil, o alerta laranja corresponde a situação de perigo, com condições para a ocorrência de fenómenos invulgares que podem causar danos a pessoas e bens, colocando em causa a sua segurança.
Durante este período, o dispositivo de combate a incêndios será reforçado com 535 bombeiros que estarão nas zonas com maior probabilidade de haver danos causados por ignições.
André Fernandes referiu ainda que haverá maior vigilância e capacidade de intervenção por parte da GNR e de elementos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. O responsável pediu às pessoas para que tenham comportamentos adequados como evitar fazer fogueiras para que se possa ter “um nível de ignição o mais reduzido possível”.
A Proteção Civil advertiu que “a situação é complexa devido às elevadas temperaturas”, mencionando que ao final da tarde de hoje quatro incêndios florestais estavam ativos em Sever do Vouga, Ourém, Carrazeda de Ansiães e Guarda, que mobilizavam 1045 operacionais e vários meios aéreos.