Declarações após o jogo Moreirense-Vitória SC (0-1), da 28.ª jornada da I Liga de futebol, disputado hoje em Moreira de Cónegos:
Ricardo Sá Pinto (treinador do Moreirense): “Temos de marcar. Criámos muitas situações de chegada à área do Vitória. Fizemos uma grande primeira parte, pressionámos bem e nunca deixámos sair a jogar. O Vitória nunca esteve confortável no jogo e parámos jogadores de qualidade como Óscar Estupiñán, Rochinha e Tiago Silva.
O Vitória é outra equipa face ao encontro jogo que vi na Taça de Portugal [derrota por 2-3 em Moreira de Cónegos]. Íamos ter mais dificuldades, mas precisávamos de ter marcado para a equipa ter mais confiança, estar feliz e sonhar com uma vitória.
O nosso objetivo hoje não era um ponto, mas três. Estamos desiludidos, não pelo comportamento da equipa. Fizemos um grande jogo e não fomos inferiores ante um grande adversário como é o Vitória. No mínimo, não merecíamos perder.
A equipa está em crescendo na sua relação com a bola, está a jogar e a divertir-se, cria situações de golo, está compacta defensivamente, agressiva e com grande mentalidade vencedora, mas falta-nos o golo. É um aspeto que tenho vindo a trabalhar muito.
Sou treinador e tenho de arranjar soluções, senão não estou a fazer nada. Enquanto a direção achar que sou solução, estarei aqui de corpo e alma e não abandono até ao final. Acreditam no meu trabalho, estamos juntos até ao final e vamos juntos até ao final.
Não há ninguém que queria ganhar mais do que nós. Não somos pessoas de desistir. Estamos supertristes, o que é normal, porque somos ganhadores, trabalhadores e dedicados e temos competência. Vai ser duro para todos, mas, com bastante lucidez, parece-me que, seguindo este rumo e com alguma felicidade, sairemos desta situação.
É muito penalizador. Todos os nossos adversários diretos venceram. É uma grande tristeza para nós, mas é a realidade. Se calhar, no próximo fim de semana podemos ter um grande resultado e os nossos adversários não. Não podemos é andar a desperdiçar oportunidades atrás de oportunidades ou qualquer dia não temos jogos para pontuar.
[Conversa com os adeptos no final do jogo?] São pessoas que vivem o clube e temos de as respeitar muito. Alguns, se calhar, até deixam de comer para verem o Moreirense. Vi muitas pessoas a chorar, desesperadas, que não conseguem encontrar explicações.
Como treinador e líder, não fujo às minhas responsabilidades. Tive de me disponibilizar aos adeptos para o que quisessem falar comigo. Estarei sempre disponível para dar justificações a toda a hora, porque estamos todos envolvidos no mesmo objetivo”.