A PSP de Braga recebeu uma emocionada carta de agradecimento devido ao gesto de um agente que permaneceu junto de uma idosa de 73 anos, cujo filho e cuidador morrera de forma súbita, até à chegada da familiar que, naquele momento, não dispunha de “transporte imediato” para “acudir” à sua mãe.
A situação aconteceu esta semana em Braga. Na carta, que o Comando Distrital de Braga partilhou na sua página de Facebook, a mulher escreve que “foi um dias mais tristes da [sua] vida”.
“Faleceu o meu irmão, ainda em idade de viver uma vida pela frente e (…) também o cuidador da minha querida mãe que soma já setenta e três anos e com necessidades especiais em razão da idade e da sua débil saúde”, começa por explicar.
De madrugada, quando recebeu a notícia da morte do irmão, não tinha “transporte imediato para acudir” à sua “querida mãe”, mas do outro lado, descreve, estava “um anjo da guarda”. “Eum Polícia sobre os quais caem diariamente enormes preconceitos da nossa sociedade”, aponta.
“Esse Anjo da guarda, num momento particularmente difícil para mim, deixou-me em relativa paz, pois para além das palavras dirigidas, à uma frase que me marcou e me levou a endereçar este meu obrigado à vossa polícia: ‘Fique tranquila, enquanto a senhora não chegar eu não irei arredar pé de junto da sua mãe, jamais ela ficará sozinha´”, lê-se na carta.
“E assim foi, pouco depois da uma da manhã cheguei e lá estava o Anjo da Guarda, sentado junto da minha mãe”, acrescenta.
“Não consegui ficar insensível, quando a minha mãe me disse que o Agente, durante aquele período de tempo, a consolou, lhe fez um chá e a cobriu com um cobertor aconchegando-a, diminuindo luzes e repetindo-se que estava ali e nada lhe faltaria até à minha chegada”, refere a carta.
“Ninguém pode ficar insensível, eu não consigo, e por isso ao Agente desejo tudo de bom e dizer também que está no meu coração e no coração da minha mãe. Num momento difícil, eis que o serviço público se superou com este grande ser humano”, conclui o agradecimento.