Falta de equidade e de proporcionalidade nas promoções nas carreiras da PSP afetando os Chefes. Para protestar contra a situação, o Sindicato Nacional da carreira de Chefes da Polícia de Segurança Pública (SNCC) recolheu já quatro mil assinaturas numa petição pública para entregar na Assembleia da República.
“Há Chefes com mais de 30 anos no primeiro posto da carreira que transitam para a pré-aposentação sem qualquer promoção”, explicou a O MINHO, o líder sindical, Carlos Meireles, para quem esta carreira é que mais estagnou, ao contrário do que sucede com a dos Agentes, mas, sobretudo, com a de Oficiais .
No Comando Distrital de Braga há 48 chefes a trabalhar, muitos deles há vários anos no primeiro posto da Carreira, sem promoção.
Exemplificando, diz que existem na Polícia 2298 Chefes: 1786 (82%) estão no primeiro posto da carreira (Chefe), 267 no segundo (Chefe principal) e 155 no terceiro e último (Chefe coordenador). A média de idades é de 52/53 anos.
Já na carreira de Agentes, 27% estão no primeiro posto, enquanto 73% estão nos seguintes (Agente principal e Agente coordenador);
Ao invés, e no topo da hierarquia, 18% dos Oficiais estão no primeiro posto, e 82% nos seguintes (Comissário e Intendente).
O sindicalista anota que, “em dez anos houve apenas três cursos para Chefes, enquanto que para as outras carreiras as candidaturas são anuais”.
“A carreira não oficial deixou de ser aliciante: no último concurso houve 207 vagas por preencher (793 aprovados para 1000 vagas), o pior registo de sempre na história do recrutamento para um curso de formação de Agentes da PSP”, sublinha, dizendo que “o Diretor Nacional pede coesão, mas esta não se constrói com injustiças”.