A Segurança Social vai constituir uma Brigada de Intervenção Rápida para prestar auxílio no Lar Nossa Senhora da Conceição (Casa da Caridade), em Ponte de Lima, onde há 64 infetados – 53 utentes e 11 funcionários. A autoridade de saúde fará, ainda esta quarta-feira, uma visita ao lar para perceber se há condições para os idosos permanecerem nas instalações, separando os casos positivos dos negativos.
Esta medidas foram adiantadas a O MINHO pelo presidente da Câmara de Ponte de Lima, Victor Mendes, após reunião, esta manhã, da comissão municipal de Proteção Civil para avaliar o caso.
Uma vez que um terço dos colaboradores da Casa da Caridade, entre os quais dois enfermeiros, se encontram infetados, a diretora do Centro Distrital da Segurança Social “assumiu o compromisso de, ainda hoje, ativar uma equipa denominada Brigada de Intervenção Rápida, que tem técnicos de saúde, auxiliares de ação direta e auxiliares de serviços gerais, que pode eventualmente não estar completa ainda hoje, mas procurará que o mais rapidamente possível seja ajustada às necessidades da própria instituição”, adianta Victor Mendes.
53 utentes e onze colaboradores infetados na Casa da Caridade em Ponte de Lima
Uma vez que esta Brigada de Intervenção Rápida tem “um prazo limitado, que pode ser prorrogado” conforme as necessidades, a própria instituição terá que “contratualizar alguns recursos”, o que deverá ser feito com recurso a um programa de financiamento que cobre 90% do valor, ficando os restantes 10% a cargo do município.
Na reunião desta manhã também ficou decidido que os técnicos da saúde pública visitarão a Casa da Caridade para “avaliar a proposta apresentada pela própria instituição” – e que esta adotou de imediato – para manter, no próprio lar, os utentes positivos e negativos separados.
“Essa avaliação será feita durante o dia de hoje e compete à autoridade de saúde pública decidir se a proposta apresentada pela instituição reúne condições para poder ser executada ou, se não reunir, apresentar outra solução que, em primeira análise, passe pelo aproveitamento do próprio espaço físico, que é o desejável”, realça o presidente da Câmara.
Porém, caso a autoridade de saúde entenda que não existem condições no lar, terá que ser encontrada uma “solução alternativa” que passará por colocar os utentes em estruturas de retaguarda.
Essa questão “será abordada amanhã” numa segunda reunião, por videoconferência, da comissão municipal de proteção civil.
O presidenta da Câmara de Ponte de Lima considera “nota importante” que a Unidade Local de Saúde do Alto Minho, também representada na reunião, “está a proceder ao acompanhamento e monitorização apertada da saúde de todos os utentes”.