As candidaturas ao Prémio de História Alberto Sampaio 2020 já estão abertas, o galardão pretende homenagear aquele “vulto da historiografia portuguesa” e “incentivar o estudo e a investigação histórica” em Portugal, anunciou, esta terça-feira, a autarquia de Braga.
Em comunicado enviado à Lusa, a Câmara de Braga explica que as inscrições estão abertas até 31 de maio e que com aquele prémio quer manter-se “viva a pessoa e obra de Alberto Sampaio, promovendo o desenvolvimento dos estudos científicos e investigação nas áreas ligadas ao seu legado, em especial, nas disciplinas da História Social e Económica”
O prémio, que pretende distinguir estudos de história económica e social, tem cariz bienal e será atribuído no ano de 2020 com um valor pecuniário de seis mil euros, financiado em partes iguais pelas três autarquias, cabendo este ano à Câmara de Braga a sua dinamização.
Os estudos concorrentes, a enviar para a Academia das Ciências de Lisboa até 31 de maio de 2020, podem resultar ou ter por base trabalhos académicos, nomeadamente dissertações de mestrado ou teses de doutoramento, desde que respeitem o regulamento.
No texto do regulamento do galardão, explica-se que Alberto Sampaio foi, “indubitavelmente, um eminente historiador que, nascido em Guimarães e sepultado em Vila Nova de Famalicão, passou a sua vida entre estes dois concelhos minhotos, tendo organizado a I Exposição Industrial de Guimarães e sido sócio fundador da Sociedade Martins Sarmento e destacado colaborador da Revista de Guimarães da mesma sociedade”.
A criação daquele prémio foi feita em 1995, no âmbito dos 150 anos do nascimento do historiador e, refere o preâmbulo do regulamento, “correspondeu à consagração deste movimento cívico e cultural intermunicipal em torno desta personalidade de espírito universal”, funcionando de forma bienal até ao ano 2008, ano em que “veio a ficar inativo (…) não tendo tido, desde essa data, mais nenhuma edição”.
Em 2016 foi possível, numa “nova congregação de esforços e vontades, considerar a reabilitação deste importante prémio”, desde então atribuído anualmente.
As regras ditam que “os estudos concorrentes devem ser inéditos, em língua portuguesa, com uma extensão compreendida entre 20.000 palavras (mínima) e 40.000 palavras (máxima) e que “quando resultem ou tenham por base trabalhos académicos, nomeadamente dissertações de mestrado ou teses de doutoramento (…) só poderão ser admitidos os estudos que hajam sofrido as adaptações adequadas aos objetivos do concurso e à sua posterior publicação”.
O júri será designado pela Academia das Ciências de Lisboa a quem competirá garantir as condições necessárias ao funcionamento do mesmo, sendo constituído anual e rotativamente por três académicos de entre as seguintes universidades: Universidade Católica Portuguesa, Universidade de Coimbra, Universidade de Lisboa, Universidade do Minho, Universidade do Porto, Universidade Lusíada e Universidade Nova de Lisboa.