Sindicato de motoristas justifica “fraca” adesão à greve por “pressão” de empresas de Cerveira

Empresas João Pires Transportes Internacional e Loartrans Transportes
Foto: Facebook de Movimento Nacional de Enfermeiros (Arquivo)

O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) classificou hoje de “fraca” a adesão à greve dos motoristas de pesados das empresas João Pires Transportes Internacional e Loartrans Transportes, de Vila Nova de Cerveira.

Em declarações à agência Lusa, Anacleto Rodrigues, do sindicato, especificou “dos cerca de 220 trabalhadores das duas empresas, sete aderiram ao protesto, sendo que seis participaram nos piquetes de greve e um trabalhador iniciou a paralisação na Alemanha, depois de concluído um serviço internacional”.

A greve convocada pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), “a pedido” dos trabalhadores das duas empresas, decorreu entre os dias 22 e 28 de abril.

“A adesão à greve foi fraca porque houve uma grande pressão da empresa sobre os motoristas que já sentiram no vencimento deste mês uma redução nas ajudas de custo”, sustentou o porta-voz do sindicato.

O responsável acrescentou manter-se uma “atitude de intransigência” por parte das duas empresas, detidas pelo mesmo empresário.

Contactada pela agência Lusa, a administração das duas empresas não quis prestar declarações sobre o caso.

“O sindicato vai estar atento para ver como vai ser, a partir de agora, a relação laboral. Caso seja necessário, o departamento jurídico do sindicato avançará com as medidas necessárias para proteger os motoristas”, explicou Anacleto Rodrigues.

O responsável disse não estar colocada de parte nova paralisação, caso seja essa a “vontade” dos motoristas.

Segundo o SIMMM, os motoristas de pesados da reivindicam a melhoria das condições salariais e a reposição das retribuições pré-acordo do Contrato Coletivo de Trabalho.

Os trabalhadores pretendem ainda a restituição dos valores dos sábados dos últimos três meses do ano de 2018 e a implementação de uma diária que cubra o valor médio pago atualmente em ajudas de custo (diária+quilómetros), por forma a acabar com o pagamento ao quilómetro.

O SIMM quer ainda que a empresa passe a “mencionar em detalhe todos os valores pagos no recibo de vencimento (prémios, subsídio, gratificações, ajudas de custo e as demais cláusulas de natureza pecuniária) e pagar a totalidade dos valores até ao dia 15 do mês seguinte”.

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