A Federação Distrital de Braga do PS vai liderar o processo de gestão da secção concelhia de Braga, cujo líder, Artur Feio, se demitiu sábado, até à realização de novo ato eleitoral, que pode decorrer em fevereiro.
Mas Jorge Faria, que lidera a oposição interna, e que foi candidato às eleições de há um ano atrás, manifestou, em comunicado, que tem condições e legitimidade para assumir a presidência do órgão. Diz que a Comissão de Jurisdição Nacional do partido lhe ia dar razão, considerando “inválida” a eleição de Feio, em janeiro de 2018. O que, como consequência lhe dá a vitória eleitoral e a presidência do órgão.
Fonte partidária adiantou que, o mais provável é que seja nomeada uma comissão administrativa e que as eleições decorram já em fevereiro.
Artur Feio demitiu-se, sábado, em reunião da Comissão Política, alegando que os opositores internos invocavam uma alegada falta de legitimidade do órgão, eleito em janeiro de 2018. Leu uma declaração e deu por finda a reunião.
No final, e em nota à comunicação social, disse que “a realização de novas eleições constituirá, também, na perspetiva dos dirigentes agora demissionários, um importante momento de clarificação e de renovação da legitimidade democrática da estrutura dirigente local”.
Artur Feio é atualmente vereador na Câmara Municipal de Braga, liderada pela coligação Juntos por Braga (PSD/CDS-PP/PPM), cargo que continuará a exercer.
Contactado por O MINHO não quis responder a Jorge Faria.
Jorge Faria lamenta
Entretanto, Jorge Faria, líder da lista A, que foi candidato às eleições de há um ano atrás, diz-se preocupado, “pelo que adivinha poder vir a ocorrer, pela mão da Federação, isto é, uma tentativa de fazer tábua rasa das deliberações do órgão nacional de jurisdição, que está na eminência de sair, e da impugnação que a lista A apresentou nas eleições de 2018, um vez que, Artur Feio, sentado ao lado da Vice-presidente da Federação, Paula Enes, avançou que se demitia e que entregava os destinos da Concelhia à Federação e a Paula Enes (vice-presidente)”.
Mostra um “profundo descontentamento por mais um atropelo à democracia dentro do PS de Braga”. Dizendo: “É vergonhoso que se convoque uma reunião com o propósito de que a mesma não venha sequer a ter lugar. Se queriam entregar uma declaração a manifestar a indisponibilidade para dirigir a concelhia de Braga, era escusado convocar os elementos da Lista A para assistirem, como espectadores, àquela cena de teatro”. E lamenta: “Para se demitirem, bastaria remeter uma carta à direção nacional do PS.