A AIMinho continua a manter “conversas” com a administração do Novo Banco com vista a viabilizar o Plano de Recuperação que é votado dia 5 de setembro em assembleia de credores no Tribunal do Comércio de Famalicão.
O seu presidente, António Marques disse a O MINHO que “a direção está a fazer o seu papel”, o de tentar por todos os meios negociar com o Novo Banco: “se correr bem, o Plano passa, caso contrário entra em liquidação”, disse.
O empresário salientou que se trata de um assunto que a Associação “não controla”, mas manifesta esperança em que a situação se resolva.
De facto, e até hoje, nos meios empresariais, teme-se um cenário de liquidação. O futuro da Associação Industrial do Minho (AIMinho) está, assim, nas mãos do Novo Banco que terá optado por votar contra o Plano de Recuperação do organismo.
O mesmo não sucede com a Caixa Geral de Depósitos que – de acordo com o JN de hoje – vota a favor ao contrário do que sucedeu na assembleia anterior, porque tem créditos garantidos (seis milhões de euros). Só que, o Novo Banco (5,6 milhões de créditos comuns) não concorda com o pagamento em 20 anos e duvida da capacidade da AIMinho para gerar receitas. A AIMinho ficou paralisada quando a União Europeia e o Estado lhe cortaram o acesso a financiamento, devido a uma investigação judicial com seis anos. Não pode concorrer a programas comunitários, não tem apoio estatal, nem faz formação profissional.
O organismo pediu publicamente, por mais do que uma vez, que o processo judicial fosse célere. A AIMinho previa a alienação, por 3,6 milhões de euros, dos dois edifícios-sede que construiu em Braga e em Viana do Castelo. O produto da venda revertia para a Caixa. Ao todo, há 12,3 milhões de créditos reclamados.
Se o Plano for chumbado, há já empresários de Braga, dispostos a criar uma nova associação. Os nomes serão conhecidos, caso o chumbo se concretize na assembleia de credores.