A têxtil Riopele, de Famalicão, tem passado por dificuldades no tempo de transporte marítimo em relação a contentores provenientes da Ásia por causa da guerra entre Israel e o Hamas, que resultou em ataques ao canal de Suez, por onde passa o tráfego marítimo que entra no Mediterrâneo.
O anúncio foi feito pelo diretor de compras da empresa, Paulo Oliveira, no ‘site‘ da Riopele. O responsável adianta ainda que “o mau tempo e a agitação marítima que se verificou durante o primeiro trimestre do corrente ano, provocou o fecho de algumas barras marítimas, o que obrigou o desvio de alguns navios com paragem em Sines para outros portos marítimos”.
Dessa forma, salienta, a Riopele “passou a viver uma nova realidade uma vez que os contentores provenientes da Ásia passaram a demorar 60 dias, em vez dos habituais 45 dias”.
Em 2027 a empresa assinala o centenário, tendo como objetivo chegar aos 100 milhões de euros como volume de negócios, meta que se mantém.
“Uma vez que não conseguimos agir diretamente sobre as rotas marítimas, o que fizemos foi informar os nossos parceiros de todos os procedimentos”, destacou Paulo Oliveira, informando que a empresa deu prioridade a duas empresas de transporte marítimo para acelerar os processos.
Miguel Teles, diretor de logística, citado no ‘site’, refere que a nível de importação “o tempo de trânsito das matérias-primas aumentou consideravelmente, o que obrigou a repensarmos a estratégia de aprovisionamento, antecipando planos de compra de forma a minimizar eventuais riscos”.
Recorde-se que a empresa têxtil de Famalicão alcançou em 2023 o seu melhor ano de sempre, tendo faturado 97 milhões de euros.