A Câmara de Vizela anunciou hoje um programa de apoio às famílias carenciadas e ao comércio, para fazer face à pandemia da covid-19, com o objetivo de salvaguardar o interesse público municipal.
Entre as medidas, está o aumento dos apoios financeiros a famílias carenciadas, “através do reforço de 50% da verba a atribuir, nos termos da aplicação dos critérios decorrentes do Regulamento de Apoio aos Estratos Sociais Desfavorecidos, de modo a assegurar a capacidade de resposta, num momento de grande dificuldade resultante da propagação do novo coronavírus”, explica a autarquia, em comunicado.
O reforço dos apoios financeiros às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho, “através da duplicação das verbas a atribuir, nos termos do Regulamento de Atribuição de Apoios ao Associativismo”, e a atribuição de 10.000 euros aos Bombeiros Voluntários de Vizela, são outras das medidas implementadas pelo município.
A autarquia decidiu igualmente a “suspensão, durante o período do estado de emergência, do pagamento das taxas de ocupação de espaço público, por parte dos estabelecimentos encerrados por força das medidas restritivas de prevenção do surto epidémico”.
Nesse sentido, foi decretada a suspensão, durante o período do estado de emergência, do pagamento das taxas da feira semanal de Vizela, “de modo a minimizar os prejuízos dos feirantes decorrentes da suspensão da realização das feiras”.
A câmara vai implementar também um apoio especial ao comércio, mediante a atribuição de apoio financeiro à Associação Comercial e Industrial de Vizela.
“Para que esta pague as despesas de eletricidade e água dos estabelecimentos comerciais que, por força das medidas restritivas de prevenção do surto epidémico, se encontrem encerrados (e com atividade suspensa), e dos estabelecimentos que se encontrem em regime de ‘take away’ (encerrados ao público, mas com atividade), correspondendo a 100% ou a 50% das referidas despesas, respetivamente”, lê-se no comunicado.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 60 mil. Dos casos de infeção, mais de 211 mil são considerados curados.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 266 mortes, mais 20 do que na véspera (+8,1%), e 10.524 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 638 em relação a sexta-feira (+6,5%).
Dos infetados, 1.075 estão internados, 251 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 75 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.