O Mosteiro de Tibães, em Braga, registou 37.892 visitantes, até final do passado mês de agosto, o que representa um crescimento de 14,2% no número de entradas em comparação com o período homólogo.
O aumento verificado segue a tendência da última década, durante a qual a afluência de público cresceu 119,9%, passando de 22.221 entradas em 2007, para 48.885 em 2016.
Evolução do número de visitantes
Ano | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 |
Nº de visitas | 22.221 | 26.497 | 29.029 | 32.575 | 31.674 | 35.243 | 37.541 | 39.998 | 47.826 | 48.885 |
O Mosteiro de São Martinho de Tibães situa-se na freguesia de Mire de Tibães, no concelho e distrito de Braga. Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1944, estando afeto à Direção Regional de Cultura do Norte.
O Mosteiro é constituído pela igreja, alas conventuais e espaço exterior – a cerca. O edifício que hoje existe foi construído ao longo dos séculos XVII, XVIII e XIX. Com uma arquitetura funcional, apresentava nesse tempo uma clara separação entre as áreas de oração, trabalho, lazer, comunicação com o exterior, zonas ocupadas pela comunidade residente e outras, reservadas para o uso como Casa-mãe da Congregação.
Em 1833/ 34, com a extinção das Ordens Religiosas, o Mosteiro foi encerrado, os seus bens inventariados e postos à venda, exceto a igreja, o passal e uma zona conventual que, continuando propriedade do Estado Português, ficaram em uso paroquial.
Em 1986, o Estado Português, perante a degradação e delapidação deste património nas décadas anteriores, adquire-o, iniciando a sua recuperação com estudos, registos e limpezas que viabilizaram os projetos de restauro que se seguiram.
Mantendo os usos associados à Paróquia de Mire de Tibães, duas novas valências foram implementadas: a cultural, associada ao conceito internacional de Museu Monumento e Jardim Histórico, que permite percorrer, ver e sentir os espaços e os seus tempos; e a de acolhimento, onde a intervenção de recuperação do séc. XXI, adaptou a parte do edifício mais arruinada às necessidades duma comunidade religiosa da Família Missionária Donum Dei, com as valências de hospedaria e do restaurante L’Eau Vive.