Visitar a Penha em Guimarães este domingo, passear e ver os ‘clássicos’

II Penha Clássicos

Deixe o carro na cidade e suba até à Penha de teleférico. Os últimos suspiros do verão garantem uma vista sobre a Cidade Berço de cortar a respiração. Lá em cima, pode ver os carros do II Festival Penha Clássicos, visitar o Santuário, passear e disfrutar da panorâmica.

Se for mais aventureiro e não levar crianças pequenas, pode estacionar no Parque da Cidade e procurar as marcas do percurso pedestre que o leva até ao topo da montanha de Santa Catarina, conhecida como Penha, porque, antes de ser domada pela mão humana, era dominada pelos enormes rochedos. Pode também optar por subir a pé e descer no teleférico ou, numa versão mais suave, subir no teleférico e descer a pé.

Faça o que fizer, não deixe de fazer pelo menos uma das viagens no teleférico. Não há outra vista igual sobre a cidade. A viagem de ida a volta para os adultos fica por 7,5 euros e 3,5 euros para as crianças até aos 11 anos. O percurso em apenas um dos sentidos custa 4 euros aos adultos e 2 euros para as crianças até aos 11 anos. Os mais pequenos, até aos cinco anos, não pagam. O teleférico está aberto entre as 10:00 e 18:30.

Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO

Quando chegar ao ponto final da viagem suspensa, ainda lhe faltam uns metros para chegar ao topo. A caminhada é agradável, por entre as árvores frondosas. Imagine que o lugar sombrio e fresco por onde avança, em finais do século XIX, não era mais do que uma serra escarpada, sem uma única árvore. Os penedos ainda lá estão, vai ter que caminhar entre eles para chegar ao largo em frente ao Santuário, onde estão expostos os carros do II Festival Penha Clássicos, uma organização do Clube de Automóveis Antigos de Guimarães.

O Penha Clássicos realiza-se pela segunda vez na Penha, depois de uma primeira edição em 2019 e de uma interrupção em 2020, devido à situação sanitária. Este ano, estão em exposição mais de 120 carros, o mais antigo é um Ford A, de 1927, mas há muitos mais motivos de atração. Quem tem mais de 40 anos, já pode ver e mostrar aos filhos alguns dos carros que circulavam nas estradas quando tinha 20 e que, entretanto, se tornaram peças de exposição.

Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO

Foto: Rui Dias / O MINHO

Os miúdos (e os graúdos) vibram sempre com os VW carocha, mas também não ficam indiferentes à dimensão dos Cadillacs e de outros clássicos americanos ou à imponência da frente dos Chevrolet Corvette.

Em matéria de tamanho, contudo, ninguém supera a Chamite que a Associação de Veteranos Lanceiros em colaboração com o Regimento de Cavalaria 6 colocaram em exposição. Pode apreciar por dentro e por fora esta celebre viatura blindada ligeira de transporte de tropas, com tração às quatro rodas, desenvolvida e fabricada em Portugal. Foi numa destas máquinas que Marcelo Caetano foi retirado do Quartel do Carmo, no 25 de abril.

Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO

Se uns impressionam por serem grandes, outros cativam por serem pequenos. É o caso dos Fiat Panda que tomaram conta da rua que liga o largo do Santuário ao parque de estacionamento do Hotel da Penha, ou do Abarth (um Fiat 500 hipertrofiado).

Avance até ao auditório e perca os olhos no Renualt 5 GT Turbo, uns dos carros de sonho dos jovens nos anos 80. Os 118 cavalos do motor não parecem grande coisa, mas o conjunto não pesava mais de 850 quilos, o que fazia do pequeno carro francês um bólide. Na Penha, há mais que um em exposição, um deles, adequadamente amarelo (a cor que a Renualt usava na F1), é lindo de se ver.

Foto: Rui Dias / O MINHO

Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO

Agora imagine que, em vez de voltar no teleférico, se punha ao volante do MG 1600 Roadster e descia, de capota recolhida, a estrada da Costa – conhecida com estrada panorâmica, antes de as enormes árvores que hoje conhecemos terem tapado a vista –, a baixa velocidade. Disfrutava da frescura da zona verde, ao longo das primeiras curvas da descida. Podia ir procurando, ao lado da estrada, os sinais da das minas de água e do aqueduto que conduzem o precioso líquido montanha abaixo para a cidade. Quando chegasse à Costa, vai passaria pelas casas dos jogadores de futebol e dos magnatas da construção civil, fáceis de distinguir das casinhas de quem sempre ali morou. Passaria pelo Mosteiro de Santa Marinha da Costa, à sua direita, e, depois de atravessar a ecopista, estaria novamente na cidade.

Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO

Se não lhe emprestarem o MG para regressar à cidade, pode optar por almoçar num dos vários restaurantes que existem na Penha ou, leve uma merenda e faça como muitos, aproveite as excelentes condições que o espaço oferece para fazer um piquenique.

Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO

Se fizer a sua visita durante a tarde e quiser ficar para jantar, então é melhor levar o carro até à Penha. Há vários parques à volta do Santuário e o estacionamento não deve ser problema. Depois do jantar, se tivesse aquele MG (e se as crianças tivessem ficado em casa), podia guiar até ao Pio IX, estacionar o carro de frente para a cidade iluminada lá em baixo, subir a capota e aproveitar o cenário para um momento romântico.

 
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