Braga
Video-vigilância “apanha” gangue que assaltou ourivesaria em Braga
Os ladrões que, em junho de 2018, furtaram mais de cem peças de ourivesaria, valendo 200 mil euros, na loja Carlos Pires Joalheiro situada na rua do Souto, no centro de Braga, foram apanhados por câmaras de vídeo-vigilância situadas na praça Conde de Agrolongo, mais conhecida como Campo da Vinha.
Fonte ligada ao processo disse a O MINHO que, através das imagens de vídeo – entregue à PSP – “é fácil concluir que os assaltantes têm perfil semelhante” aos membros de um gangue, de Braga, que, no mesmo ano e mês, assaltou o banco Santander, e dez vivendas na região do Minho, entre as quais as de três empresários, as de Domingos Névoa, do cantor limiano, Delfim Júnior, e do médico bracarense Romeu Maia. No roubo feito no banco Santander, na noite de São João, terão sido levados quatro milhões de euros, em dinheiro e jóias.
O vídeo registado antes do assalto na Rua do Souto mostra dois homens transportando uma espécie de caixa de dimensão considerável que seria um inibidor de comunicações, usado para bloquear o alarme da ourivesaria e outras comunicações telefónicas e de rádio, mormente as da PSP.
Apesar disso, os autores do furto ainda não foram detidos, embora a PSP, que investiga o caso a mando do Ministério Público, não adiante pormenores sobre o inquérito.
Encapuzados
Este gangue, com 10 membros, foi, em julho, acusado pelo Ministério Público de Guimarães. Na acusação não consta o assalto à ourivesaria de Braga: “não sei de nada, a não ser informalmente. Um agente da polícia ligado à investigação disse-me apenas que não terá sido o mesmo gangue. Mas ninguém me informa e estou sem 200 mil euros”, afirmou ao «Minho» o ourives, Carlos Pires.
Em junho de 2018, dois homens, encapuzados, levaram, de madrugada, uma centena de peças de ouro e prata, no valor de 200 mil euros, da ourivesaria. Aquando do furto, feito no local por dois encapuzados, o proprietário disse aos jornalistas que, eram cinco da manhã quando uma viatura (do tipo furgão ou jipe) derrubou o gradeamento da porta – embatendo com um dos lados da frente – e partiu o vidro, tendo um dos dois ocupantes entrado pelo buraco aberto e, rebentando os vidros com um martelo, recolhido todo o ouro que estava na montra e nos mostruários.
O condutor ficou no carro, de vigia. Estavam com a cara vendada e de luvas. A dupla fugiu, de seguida, saindo pelo lado da Arcada, e indo pela Avenida da Liberdade, poucos metros abaixo.
Três minutos
“Durou três minutos. Deviam ter a lição estudada”, esclareceu, frisando que o assalto ficou gravado no sistema de vídeovigilância, tendo uma cópia sido entregue à Polícia. O furto foi minuciosamente preparado, já que a dupla teve o cuidado de bloquear os minaretes que impedem o acesso àquela zona, na entrada do Jardim de Santa Bárbara, que é reservada a peões: “puseram vasos enormes e mesas junto aos pilaretes – presos com correntes – para que a Polícia não pudesse aceder, depressa, ao local”, explicou, vincando que ele próprio teve de fazer o percurso a pé, pelas 5:30, desde a praça do Município já que não conseguiu entrar de carro.
O comerciante salientou que, se a Polícia não recuperar as peças, terá de ser ele a arcar com o prejuízo, visto que não tem seguro: “é caro demais e as companhias do ramo obrigam-nos a ter policiamento permanente à porta, o que é incomportável financeiramente”, referiu.
Com loja aberta na cidade há 17 anos e há cinco naquele local, Carlos Pires salienta que foi a segunda vez que foi assaltado: “há três anos, uns larápios do leste da Europa levaram-me 20 mil euros em jóias”, lamentou.
Ultimamente tem sofrido, apenas, pequenos furtos mas quem os pratica “é logo referenciado pela vídeo-vigilância”.
-
BragaHá 2 dias
Carros, casas, garagens e lojas. Nada escapa à ação dos larápios em Braga
-
BragaHá 22 horas
Quarto a arrendar por 500 euros em Braga ‘incendeia’ redes sociais
-
Alto MinhoHá 2 dias
‘Pick up’ com cinco pessoas capota na Serra d’Arga. Há um morto de 19 anos
-
RegiãoHá 1 dia
Depressão Mathis. Vem aí chuva e ondas até 5 metros