A fábrica de cerâmica da Vianagrés instalada na freguesia de Carvoeiro, Viana do Castelo, vai investir quatro milhões de euros na ampliação e modernização das instalações, aumentando para 80 o número de postos de trabalho, informou hoje a Câmara local.
Em comunicado, a autarquia da capital do Alto Minho adiantou que o contrato de investimento foi assinado hoje, estando prevista a conclusão da ampliação das novas instalações no final do primeiro semestre de 2019.
Com mais de três décadas, a Vianagrés foi adquirida em 2013, depois de ter estado insolvente durante um ano e meio.
Durante aquele período, a fábrica nunca parou a atividade, sobretudo “graças” aos 43 trabalhadores que ali resistiram.
Com a empreitada agora formalizada, a Vianagrés, que tem como atividade principal o fabrico de louça utilitária e decorativa, irá “criar 20 novos postos de trabalho, que se vão juntar aos 60 atuais funcionários”.
Segundo a nota, “a ampliação da empresa de cerâmica de grés vai representar um investimento de quatro milhões de euros, financiado em cerca de 50% pelo Portugal 2020”.
De acordo com a autarquia, “atualmente, 60% da atividade da empresa de cerâmica de grés já é produzida para exportação, sendo que este novo investimento vai permitir aumentar a capacidade exportadora”.
A Vianagrés “tem como principais mercados os Estados Unidos da América, França, Alemanha, Brasil, Itália e Espanha”.
O contrato de investimento hoje assinado prevê “um regime de incentivos à criação de novos empregos e capacidade produtiva, isentando de todas as taxas municipais todas as obras de requalificação e ampliação de empresas”.
O regime de incentivos que a Câmara de Viana do Castelo tem em vigor desde 2010 inclui “isenções e reduções nas taxas de licenciamento, de IMT, e disponibilização de crédito – em condições mais favoráveis que as disponibilizadas pelo mercado financeiro – através do Finicia e Microcrédito”.
Instalada há mais de três décadas na freguesia de Carvoeiro e uma das mais emblemáticas e últimas do género na região, a fábrica Vianagrés pertencia ao grupo de construção civil e obras públicas Aurélio Martins Sobreiro, que encerrou atividade em 2012 face a dívidas na ordem dos 31,3 milhões de euros.