O presidente da Câmara de Viana do Castelo anunciou esta quinta-feira que nos próximos 15 anos serão investidos 60 milhões de euros na reabilitação do centro histórico, sendo que 20 milhões serão fundos públicos e o restante de privados.
José Maria Costa adiantou que “metade daquela verba, cerca de 30 milhões, será investida nos próximos cinco anos”, no âmbito de uma candidatura apresentada ao Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) do Portugal 2020.
Entre as intervenções previstas está a construção do novo mercado municipal, a edificar no local hoje ocupado pelo prédio Coutinho, cuja demolição prevista desde 2000 continua à aguardar decisão judicial.
A reabilitação de edifícios “na envolvente da beira-rio, junto ao jardim público da cidade, e a recuperação e devolução à cidade do jardim do edifício do antigo Governo Civil” foram também projetos destacados pelo autarca.
O autarca, que falava em conferência de imprensa para apresentação da Operação de Reabilitação Urbana (OUR) do Centro Histórico, que entrou em discussão pública esta quinta-feira, afirmou que a candidatura de recuperação do espaço público e de regeneração e refuncionalização urbana, prevê um investimento público na ordem dos dez milhões de euros, e os restantes 20 milhões de euros a promotores privados.
José Maria Costa adiantou que a ORU surge na sequência da publicação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) e “tem como objetivos requalificar e revitalizar o tecido urbano, atrair e fixar população no centro histórico, dinamizar o tecido económico, contribuir para a preservação e valorização do património construído, reforçar a atração turística e a oferta cultural dos serviços”.
No encontro com os jornalistas, realizado no Museu do Traje, o autarca sublinhou que “a projeção de investimento” prevista no novo instrumento está “muito amarrada aos resultados alcançados nas intervenções realizadas nos últimos cinco anos”.
Entre elas, destacou a reabilitação do património cidade, como o edifício camarário Villa Rosa, o Museu de Artes Decorativas, que resultou “num aumento de 30% do número de visitantes”, e no espaço público através da reabilitação de vários arruamentos da ribeira e na agora Praça Maestro José Pedro.
“Entre 2010 e 2015 foram investidos cerca de 20 milhões de euros no que toca ao investimento público, sendo que no investimento privado o valor rondou os 18 milhões de euros”, disse.
Adiantou que, atualmente, “o centro histórico de Viana do Castelo tem 11 unidades de alojamento turístico, estando neste momento três novos ‘hostels’ em fase de obras, com capacidade para 60 novas camas”.
Em curso, realçou, “estão igualmente obras de reabilitação em 30 edifícios no Centro Histórico e, no período entre 2010 e 2015, as operações de reabilitação cresceram 54 por cento, representando 20 por cento de todo o licenciamento do concelho e representando, assim, uma das melhores a nível nacional e muito superior à média nacional, que se cifra nos 8 por cento.
“Estamos no ‘top ten’ da reabilitação urbana”, afirmou.
De acordo com o diagnóstico elaborado pela autarquia, e divulgado esta quinta por José Maria Costa, no centro histórico existem “141 a necessitar de intervenções moderadas, e 39 a precisar de intervenção urgente”.
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