O presidente das Câmara de Viana do Castelo disse hoje que a partir do dia 10 será garantida vigilância em cinco praias do concelho com maior perigosidade devido aos feriados que se avizinham e às previsões de bom tempo.
“A partir de 10 junho vamos ter nadadores-salvadores em cinco praias e, a partir do 27, existirá vigilância em todas as zonas balneares do concelho”, afirmou José Maria Costa.
O autarca socialista, que falava aos jornalistas no final da reunião camarária que aprovou o protocolo com a Associação Coordenada Decimal, que garantirá a segurança nas praias do concelho, disse que “foram identificadas, em colaboração com a capitania, as cinco zonas balneares com maior risco e perigosidade”.
“Vamos ter nadadores-salvadores nas praias da Arda, Afife, Paço, Amorosa e Cabedelo. O nosso grande receio é que, fruto da dificuldade pelo distanciamento social, as pessoas se vão espalhando ao longo da praia, por áreas muito grandes e que depois tenham a tentação de ir tomar banho em zonas não vigiadas e que possam ser perigosas”, especificou.
Este ano, Viana do Castelo vai voltar a hastear a Bandeira Azul em oito praias: Arda (Mariana), Afife, Paçô, Carreço, Praia Norte, Cabedelo, Amorosa e Castelo de Neiva.
O autarca adiantou que “será reforçada a sinalização das zonas de maior risco”, sendo que a partir do dia 27, será implementado “um conjunto de procedimentos, de acordo com as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e da Agência Portuguesa de Ambiente (APA)” para garantir a segurança nas praias.
“A definição de corredores de entrada e saída, através dos passadiços, e a sinalização e informação nos parques de estacionamentos”, referiu, adiantando ter iniciado contactos com uma parceria com a Junta Regional de Escuteiros para assegurar o apoio em ações de sensibilização.
José Maria Costa adiantou que a autarquia vai “interditar as piscinas naturais da Praia Norte para impedir a associação de pessoas, por se piscinas relativamente pequenas”.
Questionado pela Lusa sobre a duração da época balnear na região Norte, que este ano vai decorrer entre 27 de junho e 30 de agosto, quando em 2019 sucedeu entre 15 de junho e 15 de setembro, segundo uma portaria publicada hoje, José Maria Costa disse ter sido uma decisão “consensual”.
“Foi uma decisão tomada em consenso por todos os municípios, atendendo às dificuldades criadas com a alteração do ano escolar, e de encontrar nadadores-salvadores para garantir segurança. Viana do Castelo validou essa decisão”, referiu.
O diploma publicado em Diário da República, assinado pelo secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, e pela secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, procede, para o ano de 2020, à “identificação das águas balneares costeiras e de transição e das águas balneares interiores, fixando as respetivas épocas balneares” no continente e nas regiões autónomas.
Na região Norte, a época balnear vai começar em 27 de junho, 12 dias depois em relação ao ano passado, e terminar em 30 de agosto, 16 dias antes do que em 2019. A única diferença prende-se com três praias do concelho de Viana do Castelo, que no ano passado tiveram datas diferentes: Arda/Bico (01 de junho a 30 de setembro), Cabedelo (01 de maio a 15 de outubro) e Carreço (01 de junho a 15 de setembro).
Questionado sobre as alterações de trânsito, hoje aprovadas na reunião camarária ao abrigo do projeto “Viana à Esplanada”, uma parceria com a Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC), para incentivar e promover o comércio e restauração em espaço público, José Maria Costa explicou que “alguns arruamentos e praças vão ser interditadas ao trânsito, entre as 10:00 e as 23:00, para que restaurantes, cafés e pastelarias possam colocar esplanadas”.
“Em agosto vamos, provavelmente, ter de fazer um acerto no horário, para mais tarde, para apoiarmos a ocupação do espaço exterior durante o período de verão e ajudar os empresários a tirar mais rentabilidade”, explicou, apelando “à compreensão da população, de moradores, transeuntes e automobilistas para alguma dificuldade de circulação durante o dia devido àquelas interdições”.
“Temos de apoiar a atividade económica, responsável por muito emprego. O trabalho técnico feito em parceira com a AEVC vai permitir gerir conflitos e encontrar equilíbrios, sem prejudicar ninguém”, frisou.
Portugal contabiliza pelo menos 1.455 mortos associados à covid-19 em 33.592 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.
Relativamente ao dia anterior, há mais oito mortos (+0,6%) e mais 331 casos de infeção (+1%).