Um investimento de vários milhões que vai atrair milhares de pessoas. E que passa pela construção e exploração de um resort, que inclui Aquaparque, hotel, parque temático de diversões – do tipo da antiga Bracalândia, mas para melhor – e zonas desportivas e de lazer.
É este o projeto que um grupo de investidores de Braga, com apoio de fundos internacionais vai concretizar em 33 hectares de terreno, na Confeiteira, à saída da cidade: “É um projeto estruturante, de dezenas de milhões de euros que criará mais de mil postos de trabalho. E é para arrancar este ano”, revelou a O MINHO um dos seus promotores, Ricardo Oliveira, da RSO Architecture.
O arquiteto salienta que o empreendimento será feito por fases, e totalmente concretizado por capital privado, sem apoios públicos ou europeus. Os terrenos, 33.200 m2, da chamada Quinta da Torre e que pertenciam ao Millenium BCP, situam-se junto da antiga pedreira e do edifício da antiga adega cooperativa, estão garantidos.
Confinam, a Norte, com os reservatórios de água da cidade e extendem-se até próximo do seminário de Montariol. A iniciativa – afiança – não colide com o Plano Diretor Municipal onde está como zona de equipamento.
O maior aquaparque da Península
Explicitando o projeto, adiantou que o aquaparque será o maior da Península Ibérica e o maior a sul de Paris, com estrutura de dupla função: ao ar livre, no verão, e numa enorme piscina coberta, nas restantes épocas do ano.
Disse que os promotores, ainda, não decidiram qual a configuração final da unidade hoteleira: “executaremos a obra por fases. Só vias de ligação públicas, entre as quais a do prolongamento da avenida do estádio são sete. A que acrescem as vias internas”.
A primeira fase – sublinhou – começa, precisamente, pelas infraestruturas, incluindo as elétricas e de água e saneamento: “divulgaremos os detalhes quando houver discussão pública”, frisou.
O primeiro passo para o arranque do projeto é o da aprovação da proposta de Delimitação de Unidade de Execução, nos termos do PDM, que já entrou nos Serviços de Urbanismo da Câmara, a qual, após análise técnica, será levada à reunião de vereadores. Se for aprovado, abrir-se-á um período de discussão pública de 20 dias úteis. Divulgados os resultados da discussão pública, volta à Câmara para aprovação final.
Em paralelo foi igualmente submetido um pedido de Reconhecimento de Interesse Público Estratégico, de novo em votação na Câmara, que envia a versão final para a Assembleia Municipal para deliberação.
CDU perguntou em reunião
O assunto veio a público na última reunião de Câmara, através da vereadora da CDU, Bárbara Barros, que perguntou se o projeto estava aprovado. O presidente, Ricardo Rio respondeu que estava em análise na Divisão de Urbanismo, tutelada pelo vereador Miguel Bandeira.
A propósito do projeto, Ricardo Oliveira salientou que a RSO Architecture, com escritórios em Braga e nos Estados Unidos, executou um idêntico nos Estados Unidos da América, onde se notabiliza pela sua grande qualidade e sucesso: “Este exemplo ajudou a captar investidores”, disse, sublinhando que a iniciativa está em preparação há dois anos.