Trabalhadores do Hospital de Braga de novo em greve contra discriminação salarial

Exigem adesão aos acordos coletivos de trabalho
Trabalhadores do hospital de braga de novo em greve contra discriminação salarial
Foto: Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte

Os trabalhadores das carreiras gerais do Hospital de Braga estão hoje em greve, em protesto contra a “discriminação” de que consideram estar a ser vítimas fruto da não aplicação dos acordos coletivos de trabalho (ACT).

O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), Orlando Gonçalves, disse à Lusa que a não aplicação dos ACT resulta em “inadmissíveis e surreais situações de discriminação”, tanto em termos salariais como de horários de trabalho e de carreira.

“Os ACT aplicam-se em todos os hospitais do país, menos no de Braga. Há mais de um ano que andamos nesta luta, mas o Governo insiste neste braço-de-ferro, continua a adiar, a empurrar com a barriga”, criticou.

Contactado pela Lusa, o Hospital de Braga refere que o Conselho de Administração “continua a envidar esforços” para a resolução do processo de adesão aos ACT, que se encontram em curso.

Diz ainda que o Conselho de Administração “tudo fará no sentido de salvaguardar, de forma equitativa, os interesses
dos seus profissionais”.

Trabalhadores do Hospital de Braga fazem greve nos dias 20 e 22 de julho

O Hospital de Braga foi gerido pelo Grupo Mello Saúde até 31 de agosto de 2019, data a partir da qual a gestão passou para a esfera pública.

“Estamos desde essa altura à espera da aplicação dos ACT mas, até à data, nada. Em abril, foi-nos apresentada uma proposta de adesão, manifestámos o nosso acordo, mas o impasse mantém-se, com manifesto prejuízo dos trabalhadores”, apontou Orlando Gonçalves.

Segundo o sindicalista, em causa estão cerca de 800 trabalhadores das carreiras gerais, sobretudo assistentes operacionais, mas também assistentes técnicos.

Orlando Gonçalves disse que estes trabalhadores cumprem 40 horas, não têm direito à carreira e ganham menos do que aqueles que entretanto ingressaram no Hospital de Braga.

“Há assistentes técnicos com mais de 10 anos de casa que estão a ganhar 645 euros, quando os que entraram depois da mudança da gestão já ganham 693. São situações injustas, surreais, inadmissíveis”, sublinhou.

Segundo o sindicato, a greve de hoje regista uma adesão superior a 90 por cento.

 
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