Os trabalhadores do Hospital de Braga vão estar em greve nos dias 20 e 22 de julho, segunda e quarta-feira da próxima semana, exigindo a integração nas carreiras da administração pública.
Questionado por O MINHO, o Hospital de Braga garante que “continua empenhado na resolução do processo de adesão aos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) dos seus trabalhadores”.
A greve em dois dias intercalados é convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN) e contará no primeiro dia com a presença da secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.
“Vai fazer um ano que o hospital passou a ser público e, desde o primeiro dia que há a promessa quer do Ministério da Saúde, quer da própria administração, de que iriam aderir ao acordo coletivo de trabalho para dar a todos os trabalhadores as 35 horas e a igualdade salarial com a aplicação da tabela única da administração pública”, aponta Orlando Gonçalves, coordenador do STFPSN.
“Não faz sentido haver trabalhadores a trabalhar 35 horas e a ganhar menos do que é o salário mínimo, porque é considerado um contrato a tempo parcial, quando não o é”, acrescenta o sindicalista.
Orlando Gonçalves refere, ainda, que a administração “assinou com trabalhadores de outras carreiras profissionais os acordos coletivos que lhes garantem as 35 horas e igualdade salarial, e estes trabalhadores – assistentes técnicos, assistentes operacionais e mesmo técnicos superiores das carreiras gerais – ficaram de fora”.
“A pandemia não pode ser razão para não se assinar o acordo coletivo”, defende o coordenador do Sindicato.
“Todos os processos estão a ser tratados de forma igual”
O Hospital de Braga garante que “o Conselho de Administração continua empenhado na resolução do processo de adesão aos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) dos seus trabalhadores, estando em contínua comunicação com a Direção-Geral do Emprego e Relações do Trabalho (DGERT) e Tutela para a conciliação de posições por forma a encontrar-se um consenso quanto à celebração destes Acordos”.
Portanto, afirma o Hospital de Braga que “tem envidado esforços para que, de forma justa e imparcial, responda a todas as preocupações dos seus trabalhadores, assegurando o mesmo empenho para resolução de todos os ACT, independentemente dos diferentes grupos profissionais”.
“Todos os processos em curso estão a ser tratados de forma igual, com vista a estabelecer a maior uniformidade possível na aplicação e entrada em vigor dos referidos instrumentos de regulamentação coletiva permitindo assim a harmonização das condições de trabalho, nomeadamente nas atualizações salariais e uniformização da carga horária semanal”, realça o Hospital na resposta enviada aos pedidos de esclarecimento de O MINHO, acrescentando que, “sempre que se justificou, o Hospital de Braga reuniu e dialogou com todas as estruturas sindicais”.