A têxtil-lar Coton Couleur, sediada em São Jorge de Selho, Guimarães, faturou 22 milhões de euros em 2023, naquele que foi o seu “melhor ano de sempre”, tendo crescido 10% face a 2022.
“Em dois parâmetros que são extremamente importantes para a empresa – o volume de faturação e a questão da margem – conseguimos atingir os nossos objetivos. Portanto, efetivamente, 2023 foi o melhor ano de sempre da Coton Couleur”, afirma Carlos Carvalho, CEO da empresa, em declarações ao jornal Portugal Têxtil.
Segundo o empresário, uma das razões do crescimento é a aposta em diversas propostas mais amigas do ambiente, como artigos com Good Earth Cotton, algodão australiano com uma pegada carbónica positiva, graças à regeneração dos solos, que garante a rastreabilidade através da incorporação da tecnologia FibreTrace, assim como de misturas liocel/algodão e 100% liocel.
“Depois inovamos em produto. Tentamos focar-nos no detalhe e no valor acrescentado, porque é com valor acrescentado que conseguimos competir com os nossos concorrentes, nomeadamente dos países asiáticos”, sublinha Carlos Carvalho.
E acrescenta: “O sucesso da Coton Couleur nestes anos todos tem a ver exatamente com isso, ou seja, uma forma diferente de estar no mercado. Não só em termos de desenvolvimento, como até em termos de posicionamento”.
A empresa de São Jorge de Selho emprega 23 pessoas e o seu foco é o segmento médio-alto. “Apostamos também em qualidades superiores, nomeadamente em termos de tecidos. Trabalhamos com o algodão do Egipto, com cetins 1.000, com percal 800”, enumera Carlos Carvalho, na entrevista ao Portugal Têxtil.
Dedicando-se quase totalmente para exportação, a empresa vimaranense trabalha para mercados da Escandinávia à Coreia do Sul e, mais recentemente, a Turquia.