As empresas do universo António de Almeida & Filhos (AAF), em Guimarães, foram colocadas à venda por um preço-base de três milhões de euros.
De acordo com o Jornal de Notícias (JN), que avança a notícia, a venda antecipada da gigante têxtil do Vale do Ave, sediada em Moreira de Cónegos, visa ganhar tempo para evitar o despedimento dos quase 200 trabalhadores.
A proposta que tiver o valor mais elevado será apresentada para votação na Assembleia de Credores, agendada para 07 de setembro, no Tribunal de Guimarães.
No entanto, se a melhor proposta for inferior a três milhões de euros, também pode ser levada à assembleia para efeitos de aprovação, “desde que a mesma iguale ou supere metade daquele valor”, refere o anúncio, citado pelo JN.
Entre as condições para a compra está a obrigação de manutenção dos postos de trabalho com os direitos e antiguidades dos trabalhadores.
Como O MINHO noticiou, a AAF pediu insolvência no passado dia 13 de julho.
De acordo com o processo que deu entrada no tribunal de Guimarães, há cinco credores: o Banco Espírito Santo, a Morecoger – energia S. A, a Moretextile, SGPS S. A, o Fundo de Recuperação e o Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas.
A declaração judicial de insolvência, requerida pela empresa, com 185 trabalhadores, concluiu que tem um passivo superior a 23 milhões de euros e 414 credores.
Piquete na António Almeida & Filhos, em Guimarães, para impedir saída de máquinas
A AAF é a última fábrica do Grupo Moretextile, formado em 2011 para salvar a AAF, a Coelima e a JMA Felpos.