Teatro do Noroeste lamenta morte de atriz ligada à fundação de companhia de Viana

Fotografia do blogue "Marionetas em Viana"

O Teatro do Noroeste- Centro Dramático de Viana (CDV) manifestou, esta sexta-feira, o seu “profundo pesar” pela morte da atriz Maria José Miranda “sempre ligada aos primeiros profissionais que deram corpo ao sonho de constituição da companhia daquela cidade.

Em comunicado, a companhia profissional de Viana do Castelo lamentou “o desaparecimento de uma personalidade emblemática”, sublinhado que Maria José Miranda “iniciou a sua ligação à companhia em 1992,integrando o elenco do espetáculo “Quem Tem Farelos, ò Velho da Horta”.

A atriz, de 54 anos de idade, foi encontrada morta na sua residência na freguesia da Meadela, em Viana do Castelo.

O segundo comandante da PSP local, Raul Curva, adiantou que a morte terá ocorrido por causas naturais.

O alerta foi dado, hoje cerca das 14:22, por “conhecidos” que estranharam a ausência de notícias da atriz nos últimos dias”.

Segundo a companhia de Viana do Castelo, Maria José Miranda participou, desde 1992, “em mais de duas dezenas de criações do Teatro do Noroeste-Centro Dramático de Viana, destacando-se pelo seu talento, profissionalismo e tendo trabalhado textos de autores como Gil Vicente, Garrett, Lorca, Goldoni, Ibsen e Jean-Luc Lagarce, entre outros.

Participou ainda na telenovela “Os Lobos”, exibida pela RTP em 1999.

Na nota enviada à imprensa, a companhia de Viana do Castelo explicou que a atriz, docente da escola secundária de Monserrate desde a década de 90, “convidada a seguir uma carreira televisiva, assim como, sucessivas vezes, instada a dedicar-se em exclusivo à sua carreira de atriz no teatro, mas optou sempre por conciliar a atividade de atriz com a de professora, tendo-se dedicado ao ensino de Expressão Dramática durante mais de duas décadas, mantendo sempre uma intensa ligação ao teatro, arte que amava”.

Natural de Rio Tinto, no Porto, Maria José Gonçalves Guerra Miranda era licenciada em Línguas e Literaturas Germânicas pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tendo iniciado a sua atividade teatral profissional, ainda na década de 70, na companhia portuense Seiva Trupe, dirigida pelo encenador Ulysses Cruz.

 
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