O reformado detido pela PJ por suspeitas de atear um incêndio florestal, na freguesia de Gondizalves, concelho de Braga, ficou esta quarta-feira intimado a apresentar-se semanalmente no Posto da GNR de Braga como única medida de coação, segundo determinou a juíza de instrução criminal de Braga.
Mas Jerónimo S., de 71 anos, residente na freguesia de Gondizalves, desmentiu quaisquer responsabilidades na autoria do fogo florestal.
Confessou ter problemas de alcoolismo, mas alegou não ter qualquer tendência para o incendiarismo, embora a Polícia Judiciária de Braga esteja supostamente na posse de muitos indícios em relação ao idoso, daí ter realizado a sua detenção mesmo fora de flagrante delito.
“As diligências realizadas permitiram a recolha de um sólido acervo probatório, que permitiu a identificação, localização e detenção do suspeito”, anunciou hoje a PJ, referindo-se ao incêndio florestal cometido na tarde de 15 de julho, na freguesia de Gondizalves, estendendo-se a Semelhe, em Braga.
O homem terá atuado “com recurso a chama direta”, referia o comunicado da PJ, lembrando que “no dia em que ocorreu o incêndio, Portugal encontrava-se em Estado de Contingência, devido ao risco máximo de incêndios, com temperaturas a rondar os 40 graus centígrados”.
Ainda segundo a PJ de Braga, “face às condições atmosféricas registadas naquele momento, em que se conjugavam altas temperaturas com um grau de humidade baixo, aliado à disponibilidade de combustível, o incêndio evoluiu rapidamente, pondo em perigo instalações industriais de empresas, de habitações e as manchas florestais situadas nas proximidades”.
“O incêndio só não atingiu outras proporções devido à pronta deteção do mesmo, e subsequente eficaz intervenção dos Bombeiros Voluntários e Bombeiros Sapadores de Braga, auxiliados por um meio aéreo, que assim evitaram a sua propagação”, acrescenta a PJ,