O coordenador do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes Francisco Vieira disse esta quinta-feira que o eventual fecho do grupo Ricon, que detém a rede de lojas Gant em Portugal, seria “uma tragédia social”.
Em declarações à Lusa, Francisco Vieira disse ter conhecimento da intenção do grupo se apresentar à insolvência, mas sublinhou que a intenção será recorrer a um Processo Especial de Revitalização (PER) para evitar fechar portas.
“O grupo quererá tentar a ‘cura‘, e isso parece-nos positivo, mas temo que, mesmo assim, muitos dos postos de trabalho vão à vida”, acrescentou o sindicalista.
O Jornal de Negócios noticiou que o conjunto de empresas do universo Ricon emprega quase 800 trabalhadores e se apresentou à insolvência no início desta semana.
Francisco Vieira disse à Lusa ainda não ter conhecimento oficial do pedido de insolvência, mas adiantou que esta situação “não é surpresa total” para o sindicato.
“O que ainda não sabemos é a dimensão do problema, mas a verdade é que isto me trouxe imediatamente à memória o caso da Maconde [antiga empresa têxtil que empregava centenas de trabalhadores]”, acrescentou.
A Lusa tentou ouvir a administração do grupo Ricon, mas sem sucesso.