O presidente da Assembleia da República pediu hoje aos deputados que, no atual momento de quadra festiva, não se esqueçam daqueles que passam um “Natal de miséria” e recordem o “grande valor que é Portugal ser um país pacífico”.
Numa curta intervenção na comemoração de Natal da Assembleia da República, Augusto Santos Silva desejou a todos os deputados “umas boas festas” e “um ótimo 2024”, pedindo-lhes que, nesta quadra festiva, não se esqueçam “de todos aqueles que, em várias partes do mundo, têm um Natal de miséria, de sofrimento, de guerra, de destruição”.
“E nunca se esqueçam do grande valor que é Portugal ser um país pacífico, tranquilo, em que as nossas ideias e debates se fazem serenamente, tranquilamente, pacificamente”, disse.
Santos Silva agradeceu o trabalho desenvolvido em 2023 pelos serviços e pessoal da Assembleia da República, mas também pelos deputados de “todas as forças políticas”.
“Queria agradecer o vosso empenhamento, o profissionalismo, a dedicação, a combatividade com que defendem os interesses dos vossos eleitores, as ideias das vossas organizações e as vossas próprias convicções pessoais”, disse.
Santos Silva referiu que, “num momento em que tantas vezes se põe em causa a utilidade e a hombridade das pessoas que dedicam grande parte da sua vida ao serviço público”, é importante sublinhar que, no parlamento, “não está ninguém que não tenha sido eleito pelos seus constituintes e eleitores”.
“E que está aqui muito trabalho, muita energia, muita vontade, muito amor à causa pública e ao desenvolvimento do nosso país”, afirmou.
O presidente do parlamento citou uns versos do poema “O Sonho”, de Sebastião da Gama – “pelo sonho é que vamos, comovidos e mudos, haja ou não frutos, pelo sonho é que vamos” -, para incitar os deputados a sonhar em 2024.
“Não vou ter a hipocrisia de desejar que todos os vossos sonhos se concretizem, porque são contraditórios entre si, mas com toda a sinceridade desejo que sonhem o melhor que conseguirem porque, no cruzamento dos nossos sonhos, resultará o futuro do nosso país”, concluiu.