A JSD Braga promoveu, dia 25 de novembro, na Black Box do GNRation, uma sessão de debate subordinada ao tema ‘Democracia, 25 de Abril e 25 de Novembro’, que contou com a participação do antigo Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, e que evocou o 40.º aniversário do 25 de novembro de 1975, data histórica em que se verificou a vitória das forças políticas moderadas sobre as forças revolucionárias radicais e que, consequentemente, significou o fim do período designado Processo Revolucionário em Curso (PREC).
A JSD Braga promoveu um debate – Democracia, 25 de abril e 25 de novembro – entre jovens e Rui Rio, no dia do 40.º aniversário do 25 de novembro.
Publicado por JSD Braga (concelhia) em Quinta-feira, 26 de Novembro de 2015
Em comunicado, a Juventude Social Democrata bracarense dá nota que, perante mais de uma centena de pessoas que encheram a ‘casa’, Rui Rio iniciou a sua intervenção analisando em retrospetiva o século XX português, designadamente os tempos da 1.ª República, do Estado Novo, da Revolução de 25 de abril e do 25 de novembro de 1975.
Atravessando todos estes ciclos da história política portuguesa, ao longo da sua intervenção, Rui Rio defendeu que, atualmente, se observa “uma evidente degradação do regime”,
“Quando me refiro à degradação do regime, não falo apenas do sistema político, mas sim do regime na sua globalidade”, tendo mencionado como exemplo o caso do sistema de justiça que “não é considerado célere, eficaz e justo”, esclareceu.
Rui Rio sublinhou, também, que “a nossa democracia assinala já 41 anos, tantos quantos os da vigência do Estado Novo e muitos mais do que os da duração da 1.ª República”, realçando que “os regime políticos não são eternos” e que “uma revolução do atual regime, ao contrário do que acontecia antigamente, não será levada a efeito com armas, tiros e mortes”.
No seguimento da sua intervenção inicial, foram várias as pessoas que interpelaram o ex-autarca, questionando-o desde logo sobre a importância do voto, nomeadamente tomando em consideração os recentes desenvolvimentos da política portuguesa. Rio salientou que “o voto é fundamental, é uma arma, mas se servir para eleger políticos com pouco poder, pouco valerá”, declarando que se assiste a “um esvaziamento do poder político”.