Rede chinesa apanhada com quatro milhões de euros em canábis em Vila do Conde

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Foto: DR / Arquivo

O Ministério Público (MP) acusa três indivíduos, de nacionalidade chineses, por tráfico de droga agravado, adesão a associação criminosa e furto qualificado. Pertenciam a uma rede internacional e produziram num armazém em Vila do Conde cerca de quatro milhões de euros em canábis.

O despacho do MP, de 24 de janeiro, requer ainda a aplicação da pena acessória de expulsão.

Segundo a acusação, os três arguidos, de nacionalidade chinesa, em data anterior ao ano de 2021 e até 27 de julho desse ano, num armazém arrendado e preparado para o efeito, e onde também passaram a residir, situado em Gião, Vila do Conde, dedicaram-se ao cultivo, doseamento e acondicionamento para posterior distribuição e venda no continente europeu, de folhas e sumidades de cannabis.

Para tanto, em estufas com vários compartimentos e dotadas de sistemas monitorizados de ventilação, iluminação, controlo de temperatura, rega e videovigilância, os arguidos cultivaram plantas em diversos estados de maturação para que a produção ocorresse sem quebras.

Estes arguidos aderiram a uma organização internacional dedicada ao tráfico de estupefacientes, executando em território nacional as tarefas que lhes foram determinadas por essa organização.

Ainda de acordo com a acusação, fizeram uma ligação ilegal, vulgo “puxada”, a partir do Posto de Transformação situado no terreno do armazém, fazendo com que toda a estrutura elétrica edificada dentro do armazém recebesse eletricidade sem que a mesma fosse medida e, assim, contabilizada e faturada, causando à E-REDES um prejuízo superior a 20.400 euros.

Nesse armazém, a 27 de julho de 2021, data em que a atividade foi desmantelada, os arguidos tinham canábis com o peso líquido total de 336.751,23 gramas, suficiente para 302.505 doses, com um valor de mercado entre 2.4 e os 4 milhões.

No interior do armazém foram encontrados inúmeros componentes e equipamentos destinados à produção de cannábis, com o valor total de 129 mil euros.

Os arguidos encontram-se em prisão preventiva.

 
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