Declarações após o jogo da nona jornada da I Liga de futebol entre SC Braga e Desportivo de Chaves (0-1), que decorreu hoje em Braga.
Artur Jorge (treinador do SC Braga): “A estatística vale o que vale e não vale nada quando os três pontos vão com o adversário, mas apetece-me dizer que nem sempre temos o que merecemos. Hoje, o SC Braga foi muito forte nos 90 minutos, tivemos uma desatenção logo no primeiro minuto e permitimos um golo ao adversário, que ficou confortável para estar na expectativa durante o jogo. Faltou-nos eficácia, tivemos 30 remates, 17 na área, 11 intercetados pelo adversário, tivemos muitas vezes perto da baliza do adversário, faltou eficácia que determina quem ganha ou não. Fomos penalizados por essa desatenção. Com justiça ou injustiça perdemos o jogo.
[Três derrotas seguidas] É um momento que temos que assumir que não é o melhor para nós, mas a chave para isto tudo é o equilíbrio. Percebo a curiosidade de perceber o que está a acontecer, mas hoje, qualquer pessoa de bom senso que assistiu ao jogo, não pode apontar nada à exibição do SC Braga. Já foi um Braga parecido com o do início de época, mostrámos empenho, caráter, intensidade, faltou-nos os golos.
[Reunião no relvado no final] Disse-lhes que tinha muito orgulho neles e que não queria ver ninguém de cabeça baixa. Sou o primeiro a estar ao lado deles, trabalharam imenso e foram muito dignos. É unidos que vamos superar esta fase menos boa em termos de resultados.
Não me pareceu falta de criatividade, houve mais uma constante quebra de ritmo do adversário, não deixaram o jogo ter a dinâmica que queríamos imprimir. Fica muito difícil a uma equipa como a nossa ir atrás do jogo. Tivemos ações no início da época para ter em conta o tempo de útil de jogo e hoje foi um bom exemplo de como não ter esse tempo útil de jogo.
O Iuri Medeiros sofreu um toque no último treino e estava incapacitado para hoje”.
Vítor Campelos (treinador do Desportivo de Chaves): “Os resultados são sempre justos, é o que acontece. Nós vínhamos de quatro resultados negativos, o objetivo do Chaves é manter-se na I Liga e em alguns desses jogos não vencemos imerecidamente. Hoje, jogámos contra um adversário valoroso, muito bem classificado, sabíamos que íamos sofrer, mas entrámos melhor no jogo, fizemos o golo, tivemos outras situações que com um pouco mais de critério já no meio-campo ofensivo podíamos ter isolado alguns jogadores, mas alguma ansiedade não ligámos bem o jogo.
Sabíamos que o Braga ia carregar, como é óbvio, atacou muito e tem um dos melhores ataques da I Liga, teriam que ser muito bem organizados e comunicativos uns com os outros, sermos uma verdadeira equipa. Estatisticamente, o Braga teve 59 por cento de posse de bola e nós 41, rematou à baliza cinco vezes e nós fizemos um golo e mandámos uma bola ao poste. O resultado é o que é e merecemos ganhar.
Héctor Hernández foi um jogador que observámos na época passada, estava a jogar na III divisão, vimos que se adequava ao nosso estilo de jogo, tem feeling de golo e trabalha muito pela equipa, é um jogador que tem qualidade”.