Braga: Controlo eletrónico para homem que não aceitou fim da relação e continuou a perseguir ex-companheira

Suspeito de violência doméstica foi detido pela PSP
Foto: Ilustrativa

O juiz de instrução criminal de Braga determinou, esta sexta-feira, o controlo eletrónico entre um suspeito por crime de violência doméstica e a vítima, para certificar-se da proibição de aproximar-se a menos de 500 metros da antiga companheira, em Braga.

Em causa estão situações reiteradas de um homem, de 31 anos, natural e residente em Famalicão, alegadamente agredir, insultar e ameaçar a mulher com quem viveu durante mais de nove meses no Bairro das Enguardas, em São Victor, na cidade de Braga.

As situações de violência doméstica prolongaram-se mesmo depois do final da relação entre ambos, constando da queixa que a vítima apresentou, um elevado número de mensagens de telemóvel, que segundo a queixosa, a deixaram sempre atormentada.  

Na sequência da queixa apresentada pela vítima, na 1.ª Esquadra do Comando Distrital de Braga da PSP, bem como de diversos relatos posteriormente de novas situações de violência doméstica, o DIAP do Ministério Público de Braga mandou já detê-lo.

Aquando da apresentação da queixa, o indivíduo terá contactado diversas vezes a sua antiga companheira, inclusivamente com mensagens de telemóvel, até mesmo durante o tempo em que a mulher formalizava o procedimento criminal contra o suspeito.  

Para o DIAP do Ministério Público de Braga, a vítima correrá risco elevado, pela parte do suspeito, anteriormente segurança num clube de diversão noturna, em Braga, tendo por isso ordenado a sua detenção, cumprida pelo Comando Distrital da PSP.

O arguido não prestou declarações, ao juiz de instrução criminal de Braga, tendo por sua vez o magistrado decidido as mesmas medidas de coação propostas pelo Ministério Público, alargando o perímetro de proibição solicitado, de 400 para 500 metros.

Com tais medidas coativas, o juiz de instrução criminal pretendeu acautelar os riscos para a vítima, responsabilizando ainda o arguido, impedido de contactar a sua antiga companheira, pois vinha-a seguindo na sua residência e ainda no local de trabalho.

O advogado João Araújo da Silva, com escritório em Vila Verde, defensor do arguido, não quis comentar a O MINHO o tipo de medidas de coação aplicadas ao seu cliente, limitando-se a adiantar que “as coisas não são exatamente como as descritas”.

Foto: Joaquim Gomes / O MINHO

“A seu tempo, só que no local apropriado, que é o Tribunal Judicial de Braga, essas situações serão devidamente esclarecidas”, ainda segundo o advogado João Araújo da Silva, anuindo, entretanto, que “estas medidas coativas são mais do que suficientes”.

 
Total
0
Partilhas
Artigo Anterior

Pinto da Costa quer fechar ciclo de 42 anos com vitória na Taça de Portugal

Próximo Artigo

Ministro das Finanças garante que IRS Jovem não “deixa nenhum jovem de fora”

Artigos Relacionados
x