A maioria (87, 52 por cento) dos 47 credores da SAD (Sociedade Anónima Desportiva) do ABC- Académico Basket Clube, de Braga, aprovou o Plano de Insolvência que prevê o pagamento de parte da dívida de 595 mil euros em prestações, que podem ir até 150 meses.
O resultado da votação foi já enviado ao juiz titular do processo no Tribunal de Comércio de Famalicão para homologação pelo administrador de insolvência Nuno Albuquerque.
Conforme o o MINHO reportou, a Direção do clube tem dito que o fim da SAD não afeta a coletividade e a modalidade que pratica, o andebol.
As dívidas, que correspondem a faturação, impostos, contribuições, créditos laborais e subordinados começam a ser pagas 150 dias após a homologação.
No documento, Nuno Albuquerque salienta que, “os agentes do andebol profissional, em particular os praticantes desportivos, têm-se deparado com dificuldades no desenvolvimento da carreira por ausência de competições profissionais capazes de gerar receitas passíveis de sustentar a sua atividade”.
Diz que, “os indicadores apontam por uma crónica inexistência de condições para a melhoria das condições de eficácia desportiva e de eficiência económica da modalidade, impedindo os clubes e sociedade desportivas, como a SAD do ABC, de possuir argumentos económicos baseados na sua eficiência”.
Clube financia a SAD em 250 mil euros
Recorde-se que, o ABC vai ajudar com 250 mil euros a sua SAD (Sociedade anónima Desportiva).
O Plano de Insolvência apresentado pelo administrador Nuno Albuquerque salienta que as dívidas correspondem a faturação, impostos, contribuições, créditos laborais e subordinados.
O documento salienta que “a SAD apresenta valores negativos na rúbrica de capital próprio, o que evidencia a impossibilidade de manutenção da atividade. E obteve resultados líquidos negativos em 2021 e 2022, de menos 4.507 e 58.929 euros”.
150 prestações
O Plano agora aprovado em Assembleia de Credores, propõe que as dívidas ao fisco, à Segurança Social e aos ex-trabalhadores sejam pagam 150 dias após a votação.
No documento, Nuno Albuquerque salienta que, “os agentes do andebol profissional, em particular os praticantes desportivos, têm-se deparado com dificuldades no desenvolvimento da carreira por ausência de competições profissionais capazes de gerar receitas passíveis de sustentar a sua atividade”.
Acresce que, – sublinha – “é legalmente imposto às federações desportivas no seio das quais exista uma competição desportiva profissional, a integração de uma liga profissional de clubes, como órgão federativo especificamente vocacionado para a organização, regulamentação e disciplina do desporto profissional. O que não sucede, pelo menos desde 26 de Junho de 2003, com a Federação Portuguesa de Andebol”.