A PSP de Braga fala em “alarmismo” no caso dos alertas publicados em “jornais e nas redes sociais” nos quais “tem sido dado nota de que andam pessoas a pulverizarem perfumes próximo de senhoras para tentarem fazer algo mais do que a hipotética venda dos mesmos”.
Em comunicado, a polícia salienta que essas “informações essas estão a causar alarmismo”, mas, como O MINHO já tinha noticiado, não há “qualquer comunicação às autoridades de situações semelhantes às que são descritas”.
Posto isto, “a PSP solicita que caso tenha vivenciado alguma destas situações o comunique o mais breve possível
às polícias (PSP e GNR), para que estas possam realizar as respetivas investigações”.
Como O MINHO noticiou, estes alertas estão a ser partilhados amiúde nas redes sociais e consistem no mesmo: homens abordam mulheres junto a superfícies comerciais, tentam vender-lhes perfumes, pedindo-lhes para os cheirar, o que as deixaria inconscientes para as raptar. Os relatos vêm de diferentes concelhos: Guimarães, Esposende, Braga ou Vila Verde são alguns exemplos.
No entanto, apesar dos muitos alertas e experiências contadas supostamente na primeira pessoa por alegadas vítimas, o certo é que nos distritos de Braga e Viana do Castelo não há qualquer queixa que fundamente os alertas, nomeadamente a parte criminal mais grave, que é a eventual intenção de rapto. Ou seja, ao que O MINHO apurou junto de autoridades, há quem venda perfumes, mas em nenhuma situação há indícios que o façam para tentar deixar as pessoas inconscientes e raptá-las.
Andam a vender perfumes para tentar raptar pessoas no Minho? Alertas não têm fundamento
A única situação parecida com o que é relatado nas redes sociais foi registada pela GNR em Vizela na passada segunda-feira. Após denúncia, os militares da GNR identificaram dois indivíduos de nacionalidade espanhola que estavam a vender perfumes que se assemelham aos de marcas conhecidas. No entanto, frisou fonte oficial a O MINHO, nada indica que o façam para raptar.
Fontes oficiais da PSP de Braga e de Viana do Castelo confirmaram ontem a O MINHO que não receberam qualquer queixa formal relacionado com os alertas.
Também a GNR de Viana do Castelo nota que, apesar de ter identificado a proliferação desses ‘posts’ nas redes sociais, não recebeu qualquer denúncia.
Factos que contrariam muitas das publicações, nas quais é dito que as alegadas vítimas comunicaram as situações de que foram alvo às autoridades.