A Associação de Docentes de Português na Galiza (DPG) alertou hoje para o preenchimento de vagas no ensino secundário com professores sem especialização na língua portuguesa, considerado estar em causa a qualidade do ensino ministrado.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a associação referiu que no ano letivo em curso “existe uma lista oficial com mais de 25 docentes especializados” que a Conselharia de Educação da região Galiza, em Espanha, “demorou a publicar, o que permitiu a contratação de docentes sem especialização”.
A associação disse ainda “não ser aceitável” que aquela lista “continue a ser ignorada e que continuem a ser feitas contratações sem atender à qualidade profissional e à existência de docentes especializados”.
“Desde setembro, a DPG tem vindo a alertar a Conselharia de Educação para levar a sério a publicação das listas de substituição de docentes português, assim como para começar a regulamentar a nova realidade no ensino secundário, com docentes contratados através da especialidade”, refere a nota.
Segundo aquela associação, dos 15 centros escolares que ministram o ensino do português, em três as vagas para o ensino de português não foram preenchidas com docentes especializados”.
Os docentes de português na Galiza pretendem que a Direção-Geral de Recursos Humanos da Conselharia de Educação informe esses centros escolares para a existência dessa lista de 25 professores especializados.
“A contratação através da lista da especialidade tem de se tornar uma prioridade até esta se esgotar”, destaca a associação, reforçando a “urgência para não continuar a desvalorizar a qualidade do ensino de português no ensino secundário”.