A presença da PSP com vários agentes fardados e à paisana em Braga impediu este sábado confrontos entre dois grupos extremistas rivais, conotados com movimentos de direita esquerda, que se hostilizaram durante a tarde junto à estátua do Marechal Gomes da Costa.
O único momento de tensão verificou-se quando um jovem tentou intervir contra aquela manifestação, tendo sido encaminhado para junto da PSP, pelos próprios organizadores, enquanto a poucas dezenas de metros elementos do Movimento Antifascista assobiavam, especialmente quando foi entoado o Hino Nacional, no final da efeméride.
A manifestação foi organizada pelo Partido Nacional Renovador (PNR) e houve lugar a uma intervenção do seu candidato, Vítor Ramalho (do Porto), bem como de Francisco Pereira, militante de base do CDS/PP de Santo Tirso e da Associação Portugueses de 1ª, que a par de António Soares, do Movimento Social Nacional, entre outros, realizaram o encontro enaltecendo “o papel histórico do marechal Gomes da Costa” junto da estátua do militar que a partir daquele mesmo local, no Pópulo, em Braga, desencadeou o golpe de Estado do 28 de maio de 1926, dando lugar à Ditadura Nacional e sete anos depois ao regime do Estado Novo.
A manif seguiu-se à concentração feita na noite do passado 24 de abril, por militantes do Bloco de Esquerda que taparam a estátua e protestaram contra a “naturalização” dos símbolos, afirmando que este, em concreto, representa a implantação do “fascismo” em Portugal.