Por causa do risco acrescido de incêndios florestais, devido ao calor extremo, Portugal continental entra em estado de alerta entre as 00:00 desta sexta-feira e as 23:59 de 15 de julho.
Durante este período, o dispositivo de combate a incêndios será reforçado com 535 bombeiros que estarão nas zonas com maior probabilidade de haver danos causados por ignições.
Haverá maior vigilância e capacidade de intervenção por parte da GNR e de elementos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
A Proteção Civil pede às pessoas para que tenham comportamentos adequados como evitar fazer fogueiras para que se possa ter “um nível de ignição o mais reduzido possível”.
O Governo acionou a declaração de alerta para “limitar todas as ações que possam pôr em risco as populações e criar todas as condições” para garantir os meios e recursos “que os próximos dias irão exigir”, disse José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna.
O ministro avançou que, nos próximo dias, existirá um elevado grau de severidade meteorológico em que os níveis de humidade vão estar muito baixos e as temperaturas muito altas com vegetação muito seca.
O governante acrescentou que vão ser dias “muito exigentes e preocupantes” no que toca ao risco de incêndio rural.
Alertou para que a população evite comportamentos negligentes e sublinhou que “a tolerância é zero relativamente ao uso do fogo”, relembrando que “qualquer ignição pode rapidamente transformar-se num incêndio de grandes proporções”.
Já o ministro do Ambiente e da Ação Climática disse que está assegurado o abastecimento de água para consumo humano e combate aos incêndios florestais, apesar da situação de seca no país e das condições meteorológicas muito adversas.
Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais reforçado
Segundo o Governo, encontra-se mobilizado e em prontidão um Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) “robusto e reforçado face a 2021”, com 12.917 operacionais (mais 859 do que em 2021), 3.062 equipas (mais 267 do que em 2021) e 2.833 veículos (mais 177 do que em 2021), bem como 60 meios aéreos.
Termómetros perto dos 40.ºC
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê um aumento gradual de temperatura nos próximos dias, podendo as temperaturas máximas atingir os 41°C em algumas zonas do país.
No Minho, as temperaturas vão subir até aos 38.ºC em vários concelhos durante o fim de semana. Na próxima semana, terça-feira deverá ser o dia mais quente, com os termómetros perto dos 40.ºC na região minhota, com especial incidência no interior.
Recomendações da DGS
Por causa do calor, a Direção-Geral da Saúde recomenda procurar ambientes frescos e arejados ou climatizados, aumentar a ingestão de água ou de sumos de fruta natural sem açúcar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, evitar a exposição direta ao sol, utilizar protetor solar com fator igual ou superior a 30 e renovar a sua aplicação de 2 em 2 horas e após os banhos na praia ou piscina.
A roupa deve ser solta e cobrir a maior parte do corpo e os esforços físicos não são recomendados. As viagens de carro devem ser feitas às horas de menor calor.
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A DGS salienta que é necessário dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, tais como crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, praticantes de atividade física e pessoas isoladas.
Os doentes crónicos ou sujeitos a medicação e/ou dietas especificas devem seguir as recomendações do médico assistente ou do centro de contacto SNS 24: 808 24 24 24.