A Polícia Marítima e a PSP de Guimarães estão, desde o início da manhã desta quinta-feira, a realizar buscas num prédio da Alameda de S. Dâmaso, no centro de Guimarães.
Segundo o Grupo Santiago, trata-se de uma acção relacionada com uma investigação da Polícia Marítima sobre comercialização de meixão.
O meixão é uma ordem de peixes de corpo normalmente cilíndrico à qual pertencem as enguias e moreias, sendo a Enguia-europeia cientificamente denominada de “Anguilla Anguilla”, da Família “Anguillida” e Ordem “Anguilliformes”, assim denominada de “meixão” ou “enguia de vidro”, tratando-se de uma espécie protegida pelo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES), estando sujeita a restrições de comércio internacional que, pelo seu volume, possa comprometer a sua sobrevivência ou a conservação da população total a um nível compatível com o papel da espécie nos ecossistemas em que se encontra presente.
A sua captura é proibida em todas as bacias hidrográficas nacionais, à exceção do rio Minho, que a permite, em determinados períodos, e de forma regulada, nos termos do Regulamento da Pesca no Troço Internacional do Rio Minho.
Trata-se de uma espécie com elevada procura nos mercados asiáticos, enquanto viva, quer na gastronomia, quer para fins agrícolas, com a sua introdução em arrozais, quer ainda para engorda, crescimento e posterior exportação para o continente americano, podendo atingir um elevadíssimo preço na sua comercialização, na ordem dos 6.500 euros por quilograma, que contém uma quantidade aproximada de 5.000 espécimes.