Pescadores vianenses lembram assoreamento da barra a Passos Coelho

De visita ao concelho de Viana do Castelo, este domingo, para uma reunião na cooperativa VianaPesca, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, ouviu as preocupações dos homens do mar. Os pescadores locais não perderam a oportunidade de transmitir as dificuldades que enfrentam no dia-a-dia, destacando o assoreamento da barra vianense, que coloca em perigo as embarcações e os trabalhadores.

No que toca a este assunto, o agora líder da oposição realçou que toda a atividade piscatória foi impulsionada durante o tempo em que ele esteve no Governo e que é muito importante que os portugueses possam apostar numa estratégia para o mar que valorize a pesca.

“O que é importante hoje anotar é que apesar dos progressos que se registaram ao nível legislativo continua a existir uma proliferação muito grande, regulamentar e legislativa, que nem sempre favorece ou facilita a resolução de problemas”, lamentou Passos Coelho, acrescentando que “continua a existir alguma falta de comunicação entre aqueles que, do lado da administração do Estado, nomeadamente, dos institutos públicos, devem promover um diálogo mais próximo com os pescadores e seus representantes”.

Pedro Passos Coelho admitiu, de igual forma, que há problemas que persistem quando se fala no assoreamento nas barras dos portos.

“São problemas que persistem ao longo de muitos anos”, afirmou, sublinhando que “o Estado acaba por gastar muito dinheiro a resolver problemas que não têm uma resolução estrutural”.

Antes da reunião entre o ex-primeiro-ministro e a cooperativa de pescadores de Viana do Castelo começar, os homens do mar acusaram a Administração do Porto de Mar de apenas realizarem dragagens para permitir o acesso dos navios àquela infra-estrutura marítima.

Não é um problema de engenharia senhor doutor. O Porto de Mar só afunda a barra para os navios e não abre o canal para os pescadores. Não querem saber dos pescadores e depois há casos como o da Figueira da Foz”, referiu João Pacheco, diretor da VianaPesca, em resposta a Passos Coelho, que tinha afirmado, anteriormente, que este era um “problema de engenharia”.

“Os pescadores são obrigados a dar uma volta muito grande”, afirmou João Pacheco, acrescentando que não acontecem muitos acidentes porque os pescadores são “muito cautelosos”.

Passos Coelho visitou, ainda, os novos armazéns de aprestos, na zona portuária, um investimento de 2,2 milhões de euros, recentemente inaugurados pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.

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