Homem apanhado em Braga com 232 quilos de cocaína diz que droga era de um amigo

Motorista TVDE apanhado a transportar estupefaciente na mala do carro
Homem apanhado em braga com 232 quilos de cocaína diz que droga era de um amigo
Foto: Ilustrativa / DR

O homem de Setúbal que veio a Braga comprar cocaína e foi apanhado pela GNR, em Celeirós, com 232 quilos, valendo 4,5 milhões de euros, negou, no Tribunal de Braga, que o estupefaciente lhe pertencesse.

Mas a Polícia Judiciária (PJ) suspeita que atuou com quatro outros homens, de nacionalidade brasileira, e que a droga pertenceria a um cartel sul-americano que a trazia para Portugal ou Espanha.

No início do julgamento, Lúcio B., motorista de Uber, disse que veio a Braga a pedido de um amigo, num Renault Clio, para levar os seus pertences num caso de separação familiar.

Diz que o amigo, que conseguiu fugir quando a GNR se aproximou, lhe pediu o carro para ir buscar as roupas e, nesse entretanto, terá carregado os sacos com a droga sem ele saber. E chorou diante dos juízes.

O Tribunal ouviu, ainda, uma taxista que suspeitou que um dos três brasileiros que transportou para o aeroporto do Porto, correspondia a um dos fugitivos da prisão de Alcoentre, pelo que alertou a GNR foi ao local.

O Tribunal ouviu, ainda, o Inspetor da PJ/Braga Nuno Miguel Mota, o qual disse que detetou num dos telemóveis do arguido – um outro, um Google Pixel, não se conseguiu desincriptar – que o Lúcio operaria com os outros quatro (todos já identificados), que, logo após, regressaram ao Brasil.

Diz que o alegado traficante estava a seguir, numa ‘app’ do telefone, um cargueiro que vinha da América do Sul, provavelmente com droga. E que pode ter sido desembarcada no Alentejo, estando a PJ a investigar esse caso.

Droga carregada numa loja

Em Braga, a cocaína terá sido carregada numa loja no Mercado Abastecedor (MARN).

A acusação diz que, no dia 07 de setembro de 2024, uma patrulha da GNR obrigou o Renault a parar, tendo o condutor fugido a pé, enquanto que o arguido foi identificado e detido.

Os militares da Guarda verificaram, então, que, no automóvel, na bagageira e nos bancos traseiros, estavam nove caixas de cartão, que continham 235 pacotes de cocaína (cloridrato) com o peso líquido total de 232, 8 quilogramas. A droga tinha um grau de pureza de 76,8 % e era suficiente para 894 mil doses individuais.

Já o carro é propriedade da firma Lúcio Barreto Unipessoal, Lda, que também é arguida e que as autoridades julgam terá sido criada como “fachada” para mascarar a atividade de tráfico. O mesmo sucederia com a profissão de motorista de TVDE que tinha registado como atividade diária.

O arguido, que está em prisão preventiva, e a firma, ficaram acusados de tráfico de estupefacientes agravado.

O Ministério Público pede que seja declarada a perda ilícita de vantagem alegadamente obtida pelo traficante, no montante de 13.770 euros, correspondentes ao valor do veículo, 12. 500 euros, 220 do dinheiro encontrado e 1.050 euros, do valor dos dois telemóveis.

Aquando da detenção, a GNR encontrou duas chapas de matrícula correspondentes a uma viatura Renault Megane furtada em agosto de 2023, pelo que o MP extraiu uma certidão para que o caso seja investigado.

 
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