Os dias são de muito calor e as noites não lhes ficam atrás. As altas temperaturas estão a potenciar as dificuldades no combate a incêndios rurais um pouco por todo o país, e o Alto Minho não é exceção. Pelas 20:00 horas desta quarta-feira, registam-se quatro incêndios que preocupam, mobilizando perto de 200 bombeiros nos teatros de operações.
O mais preocupante decorre em freguesias de Caminha, nomeadamente Vilar de Mouros e Lanhelas, tendo já galgado a A28 para território que pertence ao concelho de Cerveira. A estrada encontra-se cortada nesses locais, sob vigilância de patrulhas da GNR, conforme adiantou a O MINHO fonte oficial do Comando Distrital de Viana do Castelo.
Por as chamas se encontrarem em locais onde o acesso apeado é impossível, Miguel Alves, autarca de Caminha, disse à Agência Lusa que não havia muito a fazer, apenas esperar que as chamas cheguem a locais de melhor acesso.
Este incêndio deflagrou cerca das 14:00 horas, no lugar de Funchal, em Vilar de Mouros. Nest momento é combatido por 103 bombeiros com apoio de 28 meios terrestres e dois meios aéreos.
Outro incêndio que preocupa lavra dentro do Parque Nacional da Peneda-Gerês e levou à evacuação de habitações durante a madrugada. O alerta foi dado perto da meia-noite e, quase 24 horas depois, continua ativo, embora com menor intensidade. No local estão 79 bombeiros e 22 meios terrestres.
Registo ainda para um incêndio que preocupa em Monção, no lugar de Coutada de Cima, freguesia de Portela. Lavra em zona de mato, longe de habitações, e é combatido por 48 bombeiros e 15 meios terrestres.
Também em Valença há um incêndio ativo, em zona de mato, que deflagrou a meio desta tarde no lugar de Fiestas, freguesia de Gondomil. No local estão 41 bombeiros, 13 meios terrestres e um meio aéreo.
Portugal continental está em situação de contingência até às 23:59 de sexta-feira devido às previsões meteorológicas, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país.
A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.
A maioria dos distritos de Portugal continental estão sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.