Os pais dos utentes de um centro de atividades ocupacionais da APPACDM de Viana do Castelo anunciaram a realização de uma manifestação, na sexta-feira, junto aos serviços locais da Segurança Social, contra o fecho daquela estrutura.
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A porta-voz dos encarregados de educação, Fátima Sousa, adiantou que o protesto foi decidido após reunião com o presidente da APPACDM, durante a qual foi comunicado o encerramento da estrutura, no final do mês, por “falta de comparticipação da Segurança Social”.
“A manifestação é a solução mais rápida para mostramos o nosso descontentamento. Esperamos que não passe de um mal-entendido e que garantam que o centro vai continuar a funcionar como até aqui. Tem dado uma excelente resposta às dificuldades destes jovens e das suas famílias”, explicou Fátima Sousa.
Fátima Sousa, mãe de um jovem de 18 anos com paralisia cerebral que ingressou naquele centro em setembro de 2014, adiantou que os pais foram “apanhados de surpresa” com o anúncio do fecho de um dos dois Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) que a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) tem em funcionamento no Cabedelo, protocolado com o Instituto da Segurança Social (ISS) em 2013.
“O encerramento deste centro não passava pela cabeça de ninguém. É um centro que funciona tão bem, e onde os jovens estão plenamente integrados”, sustentou, adiantando que face “às características” dos jovens que o frequentam, o encerramento “vai ser extremamente complicado para as famílias”.
“Há mães que vão ter que deixar os empregos e que ficaram sem chão. Estamos a falar jovens que precisam de acompanhamento diário constante, para se alimentarem, para sua higiene e para outras rotinas do dia-a-dia”, explicou.
O protesto está marcado para sexta-feira, a partir das 11:00, em frente ao Centro Distrital da Segurança Social de Viana do Castelo.
Também o presidente da Câmara local anunciou ter solicitado uma reunião “urgente” ao ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social para impedir o encerramento daquela estrutura.
O anúncio por José Maria Costa, em conferência de imprensa depois de se ter reunido, na autarquia, com o presidente da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM).
“Pedi já, de imediato, uma reunião de urgência ao senhor ministro porque entendo que esta é uma situação de uma enorme gravidade para os jovens do concelho. Vamos procurar encontrar uma solução para que este CAO não encerre”, afirmou o autarca socialista.
A APPACDM alega “não ter condições para continuar a suportar os custos de funcionamento daquela estrutura, tal como aconteceu nos últimos nove meses, por falta de comparticipação da Segurança Social”.