O restauro e modernização do Mercado do Bolhão, no Porto, foi o grande vencedor da V edição dos Prémios do Imobiliário, conhecidos na noite de quinta-feira numa gala que decorreu em Guimarães.
A Câmara do Porto foi a promotora da obra levada a cabo pela empresa de Famalicão ACA (Alberto Couto Alves) em conjunto com a empresa de Vila do Conde Lúcios, através de projeto elaborado pelo ateliê do arquiteto Nuno Valentim.
A obra recebeu o prémio prestígio, uma distinção atribuída pelo júri a apenas um dos vencedores das oito categorias dos prémios promovidos pela SIC e pelo jornal Expresso, e que já são hoje uma das maiores referências nacionais neste sector.
Além do prémio prestígio, a obra no Mercado do Bolhão venceu a categoria Restauro de Equipamento Publicou ou Património Cultural na área do Comércio.
De resto, na noite celebrada no Paço dos Duques, saíram vencedores a requalificação dos Paços do Concelho da Trofa, o Hotel Savoy Residence, na Madeira, o Mosteiro de Alcobaça e o Terminal Intermodal de Campanhã, no Porto, entre outros.
Mercado do Bolhão
A empreitada de restauro e modernização do Mercado do Bolhão foi adjudicada ao agrupamento Alberto Couto Alves S.A e Lúcio da Silva Azevedo & Filhos S.A, por 22,379 milhões de euros, mas, veio, no entanto, a custar mais 15% do que inicialmente previsto, passando para cerca de 26 milhões de euros.
A pandemia da covid-19 e “várias vicissitudes” condicionaram a conclusão dos trabalhos – prevista para 15 maio de 2020 – e tornaram necessário o reajustamento do prazo por mais dois anos e quatro meses.
Ao longo da sua história, o Mercado do Bolhão teve um primeiro projeto de requalificação em 1998 e dois planos de intervenção durante os mandatos do social-democrata Rui Rio, mas nenhum saiu do papel.