O projeto ‘O Lobo e o Homem’ vai ser alvo de uma sessão de esclarecimento hoje, pelas 18:00, no Centro Cultural de Paredes de Coura, contando com a presença da Arqª Luísa Jorge, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, bem como de representantes do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (GNR) e da direção regional de Agricultura e Pescas do Norte.
“Proteger a biodiversidade não é uma opção, é uma questão de sobrevivência enquanto território sustentável e criativo. No entanto, a proteção do lobo ibérico só se consegue se não nos esquecermos que as pessoas também fazem parte da biodiversidade e, por isso, só as ajudando e trabalhando com elas podemos garantir a proteção do lobo”, defende Vitor Paulo Pereira, presidente da Câmara de Paredes de Coura, para quem “a Casa da Biodiversidade não é o espaço do lobo. É o espaço das pessoas que precisam de ajuda para poder lidar com o lobo. Precisam de ajuda para se proteger, conhecendo-o bem e evitando os seus prejuízos e, sobretudo, para saber como devem agir para serem ressarcidas quando não foi possível protegê-las”.
Vitor Paulo Pereira vai mais longe, esclarecendo o que está por trás do projeto ‘O Lobo e o Homem’: “não somos presunçosos ao ponto de dizer que queremos resolver este problema. O que queremos com este projeto é repor algum equilíbrio nesta relação e através desse equilíbrio, garantir a preservação do animal e a qualidade de vida das pessoas”, concluiu.
Este projeto ‘O Lobo e o Homem’ tem como parceiros a Associação Aldeia e o CIBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto, materializando-se numa importante infraestrutura como a Casa da Biodiversidade, em Castanheira, de apoio aos proprietários vítimas de prejuízos causados pelos ataques de lobos e à investigação científica, uma vez que é nela que também está instalada a base de campo do CIBIO.