Está quase aí a Coca de Monção, uma das “tradições mais castiças” do Alto Minho

Celebração do Corpo de Deus
Está quase aí a coca de monção, uma das "tradições mais castiças" do alto minho
Foto: CM Monção

Monção recebe entre os dias 19 e 22 a festa da Coca, uma celebração do Corpo de Deus que mistura o sagrado e o profano num combate entre São Jorge e um dragão chamado Coca que representa o mal.

Na celebração secular, um dos momentos altos é o confronto entre São Jorge, “um cavaleiro da terra montado num cavalo branco” que representa o bem, e o dragão, “uma estrutura empurrada por cerca de meia dúzia de funcionários da autarquia”, observa, em comunicado, a Câmara.

“Pintado de verde e com fumo a sair pelas orelhas, o dragão tem a cabeça móvel e goelas bem abertas, fazendo uma figura que por vezes assusta o cavalo e torna a vida difícil ao cavaleiro”, descreve o município.

De acordo com a Câmara, “S. Jorge vence se cortar uma orelha e introduzir a lança, por três vezes, nas goelas da Coca”.

A população de Monção “torce sempre pela vitória de São Jorge, por representar, reza a tradição, boas sementeiras e boas colheitas”, nomeadamente de vinho Alvarinho, acrescenta.

“Um dos eventos mais relevantes do calendário cultural do município”

“O Corpo de Deus – Coca de Monção é um dos eventos mais relevantes do calendário cultural do Município de Monção e um dos principais motivos de valorização da etnografia popular e afirmação da identidade coletiva”, justifica a autarquia.

O combate realiza-se a 19 de junho, tal como a procissão solene, onde participam “todas as cruzes e pendões das paróquias do Arciprestado de Monção”.

Antes do confronto, realiza-se o espetáculo de marionetas gigantes Força de S. Jorge, da autoria de Rui Sousa, feito em parceria com associações e grupos de bombos locais.

“Reflete a identidade cultural e patrimonial das freguesias do concelho”

A 22 de junho tem lugar o Cortejo Etnográfico das Freguesias, que “reflete a identidade cultural e patrimonial das freguesias do concelho” e mostra “as tradições mais castiças e emblemáticas dos aglomerados rurais, oferecendo, um misto de genuinidade e voluntarismo nas respetivas recriações”.

Além da sonoridade característica das aldeias (com folclore, bombos e concertinas), desfilam pelas ruas “algumas vivências de ruralidade como a prática da pastorícia, o trabalho do granito, as vindimas, a malhada do centeio, a fiada e a desfolhada”.

Nos dias 19, 20 e 21, a companhia de teatro itinerante Mãozorra instala-se na Praça da República para apresentar “A Viagem” em sessões limitadas a nove pessoas, com a duração de 30 minutos cada.

 
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