“O comportamento [da equipa] em campo é inexcedível e deixa margem para progressão”

Daniel Sousa

Declarações após o jogo Boavista-Gil Vicente (1-0), da 15.ª jornada da I Liga de futebol, disputado hoje no Porto:

Daniel Sousa (treinador do Gil Vicente): “Já vínhamos preparados para a dificuldade que é jogar no Estádio do Bessa, contra um adversário que apresenta rotinas bem definidas, que até são fáceis de identificar, mas sempre difíceis de serem contrariadas.

Entrámos bem. Faltou-nos alguma definição dentro do último terço, mas controlámos o jogo e não concedemos grandes oportunidades na primeira parte. Das poucas vezes em que o Boavista foi à nossa área, acabou por fazer o golo, numa situação de bola parada.

Na segunda parte, entrámos um bocadinho instáveis e não tivemos aquele controlo do primeiro tempo em termos de posse e circulação de bola, algo que nos gerou algumas dificuldades nos contra-ataques e nas bolas longas. A reta final foi mais emotiva, já que estávamos à procura do golo. Por vezes, houve pouco discernimento, o que é normal.

Não era o resultado que queríamos, obviamente. Isso tem sempre algum peso, mas o comportamento [da equipa] em campo é inexcedível e deixa margem para a progressão que queremos e seguramente vamos continuar a ter. Não tenho dúvidas de que vamos sair desta situação. Tenho mesmo muita confiança naquilo que eles estão a apresentar.

A primeira parte foi um sinal forte. Chegar ao Bessa e ter este controlo não é um hábito dos adversários, mas só o tivemos porque queremos sair desta situação. É óbvio que, durante os 90 minutos, precisamos de ter outra estabilidade e é isso que procuramos”.

Nuno Pereira (treinador-adjunto do Boavista): “Não entrámos bem nos primeiros 10 minutos e o Gil Vicente esteve por cima de nós. A partir desse momento, conseguimos equilibrar, ser superiores ao longo do jogo e criámos oportunidades claras de golo.

Na segunda parte, dominámos por completo, criámos muitas ocasiões e poderíamos ter resolvido o jogo com uma vantagem mais alargada. Não conseguimos, mas o importante foi a reação a um período menos bom. Queríamos muito conquistar esta vitória em casa, perante os nossos adeptos, e criar de novo um ambiente [nas bancadas] que contagia.

No geral, foi uma vitória bem conseguida, mostrando qualidade de jogo e organização. Soubemos jogar em igualdade e em inferioridade [numérica] e fomos a melhor equipa.

As vitórias dão sempre moral, confiança, são importantes, contagiam e criam um espírito positivo. Toda a gente fica feliz. Hoje tínhamos essa necessidade e conseguimos dar resposta a um período menos bom e ser felizes. Deu para perceber que a equipa jogou com felicidade, alegria, coesão e teve um sentido coletivo muito forte. Não temos quase nenhuma razão de queixa, mas atrevo-me a dizer que a vitória começou nesta semana.

Foi uma semana de trabalho muito boa, em que os jogadores deram uma boa resposta e sentíamos que havia uma energia muito boa para conquistar estes três pontos. O jogo foi o reflexo da semana. Quando assim é, sentimo-nos felizes, porque cumprimos o nosso objetivo, subimos lugares e chegámos aos 20 pontos, que é sempre uma barreira difícil”.

Total
0
Partilhas
Artigo Anterior

Gil Vicente perde nas alturas

Próximo Artigo

Governo português condena violência em Brasília e reitera apoio às autoridades

Artigos Relacionados
x