Chamam-lhe “navio-fantasma” mas trata-se de um fenómeno ótico associado às condições atmosféricas. O momento foi captado pelo fotógrafo Bruno Costa, na quinta-feira, em Vila do Conde, quando um navio passava a cerca de 40 quilómetros da costa.
O efeito em causa, chamado “Fata-Morgana”, é comum em diversas partes do mundo, incluíndo no Mediterrâneo, e durante muito tempo foi conhecido como se tratando de “miragens” em pleno alto mar, mas neste caso houve a particularidade de se tratar de um “navio-fantasma”.
De acordo com o dicionário inglês “Merriam Webster“, “Fata-Morgana” é o nome dado a este tipo de ilusão ótica onde as condições atmosféricas esticam, invertem e distorcem objetos distantes, fazendo com que pareçam maiores.
A mesma fonte dá como exemplo uma montanha na região do Ártico, chamada “Crokerland”, que simplesmente não existe, mas quem para lá olha vê a montanha. Isso é uma Fata-Morgana.
A origem da ilusão fotografada em Vila do Conde, conta-nos Bruno Costa, está num navio que fazia a passagem a 40 quilómetros da costa: o “Neptune Koper”, que rumava ontem do porto de Setúbal em direção a Vigo.
O autor explica que o fenómeno é observável noutras ocasiões, mas geralmente é possível ver-se o objeto em causa por baixo da miragem. Neste caso, o navio não estava visível no horizonte, pelo que só se observava a Fata-Morgana, ou seja, “um navio-fantasma”.
Bruno Costa sublinha que “este fenómeno é conhecido por estar associado aos navios fantasmas, exatamente pela questão de vermos a presença dele, mas ele não estar visível no local onde supostamente deveria estar”.