Música portuguesa e cinema no desconfinamento do Theatro Circo de Braga

Covid-19
Música portuguesa e cinema no desconfinamento do theatro circo de braga
Foto: theatrocirco.com

Sete concertos de música portuguesa e brasileira marcam o retomar de atividade cultural do Theatro Circo de Braga, em junho e julho, com uma programação “criada para o contexto atual de desconfinamento”.

De acordo com a programação divulgada à agência Lusa, o centenário Theatro Circo de Braga reabre no dia 15 com uma sessão de cinema, exibindo “Parasitas”, de Bong Joon-ho, e no dia 18 acolhe um concerto dos portugueses Birds Are Indie.

O concerto desta dupla de Coimbra, a celebrar dez anos, é o primeiro da série de espetáculos “Sete Quintas Felizes” que o Theatro Circo irá realizar todas as quintas-feiras, até julho, retomando atividade regular, ao fim de várias semanas encerrado por causa da covid-19.

A direção artística do espaço cultural explica que “o público vai encontrar a sala despida de cortinas, o palco livre de cenários e uma programação apelativa e criada para o contexto atual de desconfinamento”.

Depois dos Birds Are Indie, atuarão os Paus (dia 25), seguindo-se a cantora brasileira Tainá (02 de julho), Valter Lobo (09 de julho), André Henriques (16 de julho), Cachupa Psicadélica (dia 23).

O ciclo “Sete Quintas Felizes” termina com R&B & Mr. SC, ensemble do tubista Sérgio Carolino.

Sobre este ciclo, o diretor artístico do Theatro Circo, Paulo Brandão, já tinha explicado à agência Lusa que os concertos vão decorrer numa sala com todas as portas e janelas abertas.

“A ideia é ser com a maior leveza possível. Vai entrar o barulho da obra, da ambulância, crianças a brincar. A ideia é como se fosse um concerto cá fora”.

O objetivo é assinalar também um novo recomeço para o Theatro Circo: “O público que tinhas não existe mais. Existe uma memória em relação ao Theatro Circo e vamos começar de novo com as pessoas que quiserem vir”, disse o programador.

Além dos concertos, a programação contará com mais sessões de cinema, entre junho e julho, nomeadamente “A cidade branca”, de Alain Tanner (dia 29), rodado na Lisboa de 1983, com Bruno Ganz e Teresa Madruga, e “O charme discreto da burguesia”, dirigido por Luis Buñuel em 1972, no dia 20 de julho.

As salas de espetáculos, teatros e cinemas tiveram autorização de reabertura a partir de 01 de junho, segundo o plano de desconfinamento traçado pelo Governo à luz das novas medidas de segurança, por causa da covid-19, mas a reabertura da atividade cultural tem decorrido de forma gradual e assimétrica.

Quando o Theatro Circo cumpriu 105 anos, em abril passado, Paulo Brandão admitiu à Lusa que o retomar das atividades como aconteciam antes da pandemia pode demorar entre um a dois anos, sendo a segurança de todos o principal valor.

“[O retomar da atividade] talvez aconteça gradualmente e só o possamos fazer da mesma forma que o fazíamos, se calhar, daqui a um ou dois anos, não tenho dúvidas disso, porque não estou em crer que as coisas aconteçam da mesma forma”, afirmou Paulo Brandão, realçando que a manutenção dos controlos fronteiriços terá impacto também em termos de programação internacional.

 
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