Uma boa notícia. Uma mulher da Póvoa de Lanhoso, chamada Alice, sensibilizada pela situação de despejo de uma família residente em Vieira do Minho, ofereceu uma casa para que estes habitem gratuitamente enquanto necessitarem.
A O MINHO, o presidente da Junta de Guilhofrei, freguesia onde residia o casal até esta tarde, depois de terem sido alvo de despejo, indica que a mulher viu o direto feito pela rádio Ondas da Cabreira, esta manhã, e ficou sensibilizada com a sitiuação.
“A senhora ligou para a sede da Junta e disponibilizou-se para oferecer estadia gratuita numa moradia que pertence a um filho, localizada na freguesia de Taíde, em Póvoa de Lanhoso, enquanto o casal necessitasse”, adiantou o autarca.
Família despejada de casa onde vivia há 27 anos em Vieira do Minho
Todavia, a ‘boa nova’ ainda não foi comunicada ao casal, que vai passar esta noite em casa de uma filha, no concelho de Barcelos.
“Ainda não falei com a família sobre esta oferta, foi mesmo agora ao fim da tarde e ainda não tive oportunidade, mas a oferta é boa porque permite que fiquem lá o tempo que for necessário sem qualquer custo”, explica.
Apesar da oferta, que José Fernando Castro classifica como “uma boa opção”, está convicto de que o casal prefere continuar a morar em Guilhofrei, terra onde vive há várias décadas e onde se “sentem bem”.
“Claro que eles queriam ficar em Guilhofrei, mas de qualquer forma, nós Junta e a ação social da Câmara, vamos tentar arranjar aqui alguma casa para eles ficarem”, assegura.
“Em principio, hoje ou amanhã, a família vai ver uma casa que está à venda e saber se o proprietário consegue arrendar com opção de compra, de forma a que a família possa contrair um empréstimo para a adquirir”, explica.
Caso tal não seja possível, a autarquia está a tentar encontrar outras habitações na freguesia onde a família possa habitar, apesar de não descartarem a oferta da senhora Alice, da mudança para a Póvoa de Lanhoso.
Recorde-se que esta família foi hoje despejada da habitação onde residiam há 27 anos após deliberação do tribunal de Braga. Apesar de terem adquirido a casa pelo valor de 80 contos, em 1994, a compra da mesma não foi comunicada às entidades administrativas, pelo que agora, os herdeiros da antiga proprietária, falecida em 2001, querem usufruir do espaço.
O despejo desta tarde acabou por causar bastante comoção por entre os habitantes daquela freguesia, levando a que o próprio pároco, padre Alcino Xavier da Silva, desse a cara ao manifesto, apelando aos herdeiros que deixem a família regressar “ao que é deles de direito”.
(notícia atualizada com mais informação)