O Ministério Público não encontrou indícios suficientes para incriminar os dois homens que são suspeitos de, no passado dia 01, terem baleado, na zona dos bares da Universidade do Minho, em Gualtar, Braga, um agente da PSP da esquadra de Barcelos, que se encontrava de folga.
Os dois homens foram detidos por uma patrulha da PSP alguns minutos depois do alegado disparo que atingiu o agente numa virilha. A Polícia encontrou, também, na ocasião, debaixo de um carro estacionado na zona, o revólver – pertença do próprio agente policial -e alegadamente usada por um dos dois homens para a prática do crime.
A dupla foi identificada, mas não detida dado que não havia uma situação de “flagrante delito”. Os dois acabaram por ser interrogados na Polícia Judiciária de Braga, mas não ficaram detidos nem foram enviados a um juiz, dado não haver indícios que confirmassem a tese do agente da PSP, a de que foi atingido com um tiro, disparado por um deles. A investigação continua.
O polícia queixa-se de, na rua dos Lusíadas, em Braga, ter levado um tiro numa perna, que o obrigou a internamento hospitalar.
Na versão da vítima, a dupla disparou ainda dois outros tiros contra o polícia, que tem 39 anos e reside em Ponte de Lima, mas só um acertou o alvo.
Queriam furtar-lhe o telemóvel
O agente diz que circulava de automóvel naquela artéria, perto do campus da UMinho, e apercebeu-se que um carro vinha na sua direção sem luzes, tendo tido que se desviar para o carro não lhe bater. Nessa ocasião, advertiu o condutor do carro de que estava com as luzes desligadas.
Em resposta, o homem que conduzia a viatura respondeu ao agente da PSP dizendo que queria o telemóvel dele, o que este recusou.
Nesse momento, os dois saíram do carro e abordaram-no com com o intuito de lhe furtar o telemóvel. O que levou a que o Polícia puxasse da carteira profissional identificando-se como agente. E disse-lhes para se irem embora. Os dois homens continuaram, no entanto, a manifestar a vontade de lhe furtar o telemóvel avançando para ele.
Deu uma ‘gatilhada’
De acordo com o seu relato, insistiu em identificar-se como polícia avisando que possui uma arma de fogo, que mostrou dando uma ‘gatilhada’, uma vez que na posição em que o tambor do revólver se encontrava não havia qualquer munição (circunstância de segurança). Depois, e continuando com a arma na mão, mas voltada para cima, advertiu-os de que o próximo disparo já teria uma munição. Apesar disso, e porque os indivíduos continuaram a avançar para ele, efetuou disparo para o ar. Entretanto, os dois agarraram-no e agrediram-no com socos na face e retirando-lhe a arma da mão.
Logo a seguir, um deles terá efetuado um disparo à queima-roupa acertando-lhe ao fundo da zona abdominal do lado esquerdo.
Relativamente ao disparo – disse a mesma fonte – no Hospital verificou-se a existência de um orifício de entrada e outro de saída.